Para garantir a saúde da mamãe e o desenvolvimento do bebê, alguns micronutrientes têm sua demanda aumentada durante a gravidez. Preparamos um guia sobre como adotar uma adequada alimentação para gestante, considerando as principais necessidades nutricionais desse período. Confira!
Você vai encontrar neste artigo:
1. Vitamina B6
A vitamina B6 participa do metabolismo das proteínas, tão importante para o desenvolvimento do bebê. A ingestão adequada diminui os riscos de convulsões, malformação fetal, parto prematuro e hiperêmese gravídica — quando os enjoos e vômitos são excessivos a ponto de a mamãe precisar ser hospitalizada.
A recomendação diária é de 1,9 mg, que podem ser encontrados em alimentos como cereais integrais, frango, batatas, fígado e leguminosas.
2. Vitamina B12
Esse micronutriente age na redução do risco de distúrbios neurológicos e de anemia megaloblástica. Recomenda-se 2,6 mcg por dia, encontrados em alimentos de origem animal, principalmente bife de fígado, fígado de frango e coração, peixes e frutos do mar
3. Folato ou ácido fólico
É uma vitamina indispensável para o desenvolvimento fetal e deve estar sempre presente na alimentação para gestante. A substância sintética adaptada para suplementação é conhecida como ácido fólico. A deficiência de folato pode causar anemia e impedir a formação e o fechamento do tubo neural do bebê, que se dá nas primeiras semanas de gravidez.
Durante a gestação, a necessidade desse nutriente aumenta em 50% ou seja, para 600 mcg por dia. É encontrado em alimentos como espinafre, lentilhas, ervilhas, feijão e favas, fígado de boi, abacate, beterraba, grão de bico e levedo de cerveja.
4. Ferro
O Ferro tem suas necessidades aumentadas durante a gravidez e é um dos micronutrientes mais comentados e indicados na alimentação para gestante. Está relacionado com a síntese de hemoglobina e crescimento das células, logo, sua deficiência é o primeiro passo para a anemia.
O aumento da mortalidade perinatal, além das ocorrências de partos prematuros, está fortemente relacionado com a deficiência de ferro. Sua absorção atinge maior eficiência no último trimestre da gestação, quando a demanda aumenta consideravelmente.
Nessa fase, indica-se o consumo de pelo menos 27 mg por dia, o que não é possível em uma dieta habitual de 2000 kcal. Por isso, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda suplementação nos últimos três meses da gestação.
5. Zinco
A deficiência desse micronutriente pode ocasionar redução dos níveis de albumina sérica, teratogenia, hemodiluição e até morte do bebê. Estudos demonstram que a suplementação é associada ao maior ganho de peso dos recém-nascidos. Durante a gestação, a necessidade de zinco é aumentada em 38%, de 8 para 11 mg/dia. Pode ser encontrado em carnes, leguminosas, peixes, queijos, nozes, cereais integrais e vísceras.
6. Iodo
A deficiência de iodo pode afetar o desenvolvimento cognitivo do bebê. Quando necessária, a suplementação é feita na forma de iodeto de potássio durante toda a gestação e no período de amamentação exclusiva, na dose de 150 até 200 mcg por dia.
Mas, considerando uma alimentação saudável, o Iodo pode ser encontrado em pescados, leguminosas, hortícolas, leites e derivados. Também vale substituir o sal comum pela versão iodada.
7. Vitamina A
Um importante benefício da vitamina A é o aumento da imunidade da mãe e do feto durante a gravidez, além de aumentar a produção de progesterona. Sua maior demanda acontece mais precisamente no terceiro trimestre de gestação.
A indicação de consumo é de 770 mcg por dia, não podendo ultrapassar 3000 mcg sob risco de intoxicação e malformação fetal. Já a falta gera o risco de ruptura prévia da membrana e eclampsia. Podemos encontrar esse micronutriente nos seguintes alimentos: queijo, leite integral, manteiga, abóbora, cenoura, couve e fígado de boi.
8. Vitamina C
O não consumo de vitamina C na quantidade correta pode favorecer partos prematuros e/ou ruptura prévia da placenta. Indicamos a ingestão diária de 85 mg por dia, o que pode ser obtido por meio de vegetais folhosos e da maioria das frutas, principalmente as cítricas, como laranja, limão e acerola.
9. Vitamina D
A vitamina D atua no equilíbrio do fósforo e do cálcio no organismo. É importante para o crescimento ósseo e imunidade, de modo que sua deficiência pode prejudicar o crescimento fetal, causar osteomalácia na gestante e hipocalcemia neonatal.
Em geral, gestantes precisam de 600 UI (ou 15 mcg) de vitamina D por dia. Só a alimentação não dá conta dessa necessidade, por isso recomenda-se banho de sol por pelo menos 15 minutos ao dia.
Se mesmo assim os níveis permanecerem baixos, é indicada a suplementação de 400 UI por dia, em forma de cápsulas ou em gotas. De qualquer maneira, o médico pode alterar a dose conforme os resultados dos exames pré-natais.
10. Cálcio
O cálcio é responsável pela formação dos dentes e ossos do bebê, portanto, a demanda durante a gestação é grande. Sem a ingestão adequada, o organismo vai retirar esse micronutriente da mãe, causando desmineralização óssea e dentária. A ingestão recomendada é de 1000mg por dia, que podem ser encontrados no leite, derivados lácteos e alguns cereais.
11. Vitamina E
Reduz a ocorrência de abortos espontâneos, tem função antioxidante e diminui a incidência de neuropatias e anemias hemolíticas em bebês prematuros. Recomenda-se para a gestante uma dose diária de 15mg, disponível nos seguintes alimentos: óleos vegetais, damasco, leite de vaca, abacate e salmão.
12. Vitamina K
Importante na prevenção de hemorragias. Recomenda-se para gestantes adultas a dose diária de 90 mcg. Pode ser encontrada em vegetais verdes-escuros, queijo, repolho, manteiga e fígado de boi.
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Boa leitura e bom apetite!