A nutrição influencia diretamente a evolução fisiológica da gravidez, parto e puerpério. Assim, uma dieta para gestantes adequada deve ajudar a manter a mamãe saudável e, ao mesmo tempo, permitir que o bebê se desenvolva da melhor forma possível.
De maneira geral, a gestante precisa observar a quantidade ideal de calorias a ser ingerida, além de uma avaliação qualitativa dos alimentos, sempre orientada para as necessidades do período — que serão identificadas pelo seu obstetra ou nutricionista.
Por isso, hoje trazemos algumas dicas gerais para que nossas mamães possam fazer melhores escolhas. Mas não deixe de conversar com o profissional responsável sobre isso para entender melhor seu caso, ok?
Você vai encontrar neste artigo:
1. Informe-se sobre as particularidades da sua gestação
Naturalmente, a dieta para gestantes mais adequada é subjetiva e depende da condição fisiológica e das patologias específicas a cada mulher.
Por exemplo: as grávidas com anemia falciforme, diabetes, predisposição ao diabetes gestacional, hipertensão, alergias ou intolerâncias alimentares, ou simplesmente vegetarianas, precisarão seguir dietas diferentes. Cada caso é um caso e apenas o seu médico está apto a identificar os alimentos permitidos e necessários.
2. Esqueça o mito de “comer por dois”
A dieta para gestantes deve ser saudável como em qualquer outro período da vida. No entanto, durante a gravidez a ingestão de calorias deve ser um pouco maior e alguns nutrientes devem estar sempre presentes. Isso não significa que a mulher grávida deve “comer por dois”: pelo contrário, o peso corporal deve sempre ser controlado para evitar outros problemas, como pressão alta e diabetes gestacional.
É importante conhecer o seu peso e avaliá-lo em função da altura já antes da concepção, a fim de calcular o IMC (Índice de Massa corporal). Para isso, basta usar a seguinte fórmula:
IMC = Peso em Kg ÷ (altura em m)²
Feito o cálculo, os resultados abaixo de 20 indicam baixo peso; entre 20 e 25, peso normal; entre 25 e 30, sobrepeso; maior do que 30, obesidade.
Uma mulher não-grávida que está com peso normal e não faz atividade física intensa necessita de cerca de 2.500 kcal por dia. No primeiro trimestre de gravidez, suas necessidades calóricas vão até 2.650 kcal por dia (apenas 150 Kcal a mais). No segundo e terceiro trimestres, essa necessidade sobre para 2.800 kcal.
Infelizmente, o consumo de alimentos ricos em calorias pode facilmente elevar o consumo diário a mais de 3000 kcal, levando ao ganho de peso excessivo. Para se ter uma referência, o aumento considerado normal está em torno de 12-13 Kg; se você estiver com sobrepeso (IMC> 25), deve ser contido entre 7 e 11 Kg.
Já em mulheres com baixo peso (IMC <20) é desejável um aumento de peso entre 14-16 Kg. Para ter uma ideia mais precisa, pese-se sempre na mesma hora do dia, de preferência pela manhã, em jejum, depois de esvaziar a bexiga.
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3. Evite longos períodos de jejum
É bom fazer refeições pequenas e frequentes, evitando longos períodos de jejum durante o dia e à noite. Adote a chamada dieta das 5 refeições, em que três delas se referem ao café da manhã, almoço e jantar e as outras duas correspondem a pequenos lanches durante a manhã e à tarde. Essa rotina ajudará a evitar grandes picos de fome e manterá seu metabolismo em ritmo adequado.
4. Conheça o truque para diminuir os enjoos
Na parte da manhã, coma alimentos secos, como biscoitos tipo crocantes e torradas. Evite alimentos ricos em água ou outros líquidos. Este pequeno truque lhe permitirá superar a crise da manhã para poder consumir alimentos tradicionais no resto do dia.
5. Aumente o consumo de ácido fólico
As pequenas quantidades de ácido fólico presentes nos alimentos não são suficientes para cobrir a exigência aumentada na gravidez. Por isso, vale a pena investir em um suplemento dietético desde o início da gestação — e, se possível, antes da concepção.
O ácido fólico, também conhecido como vitamina B9, impede doenças no tubo neural do bebê, geralmente responsáveis por malformações na espinha e no cérebro. É muito útil para evitar a anemia e assegurar o crescimento regular do feto.
Uma dieta para gestantes adequada é, portanto, um dos elementos essenciais para o desenvolvimento normal da gravidez e da criança: a quantidade e qualidade dos alimentos e bebidas que você consumir durante esta fase delicada devem ser cuidadosamente verificadas.
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