A gestação é sempre um período mágico, de muitos sonhos e expectativas. Mas bastam poucos dias após o parto para que o quarto do bebê fique esquecido e todo o romantismo da gravidez se desfaça diante de uma criança que chora sem parar, não dorme e não deixa mais ninguém dormir. Não à toa, entender o sono do bebê é um dos grandes dilemas da maternidade.
Nessa hora, descobrimos que nos preparamos para tudo, menos para ter um recém-nascido em casa. Muitos vão opinar e dar palpites sobre como proceder (você já deve estar acostumada com isso). E o pior: se sentirão no direito de julgar o seu modo de ser mãe.
Nesse momento, as emoções à flor da pele podem contribuir para que você se sinta péssima, mas use essa sensibilidade a seu favor: creia que o instinto materno associado ao conhecimento torna tudo mais fácil. Confira nossas dicas e entenda o porquê!
Você vai encontrar neste artigo:
1. Ofereça muito contato físico durante o dia
Esqueça tudo que o que ouviu sobre mimar o bebê, acostumar mal ou coisas do gênero. Ele não entende conceitos como amor incondicional, carinho, segurança: compreende apenas contato físico e precisa se sentir seguro para conseguir adormecer.
É fácil entender essa necessidade. O bebê passou os últimos nove meses em um colinho muito gostoso, o tempo todo acolhido em seu ventre. Não é porque nasceu que precisa começar imediatamente a se desgarrar de você! Esse processo é naturalmente lento. Mas, como ele dorme durante o dia, acaba passando muito tempo no carrinho, no berço e no bebê conforto. Se ele só receber colo quando chorar, aí sim você estará ensinando um hábito ruim.
A lógica é a seguinte: o bebê chora porque quer colo, a mãe cede e o bebê para de chorar porque conseguiu o que queria. A mãe recoloca o bebê no berço e ele volta a chorar. Se a criança não estiver com suas “baterias carregadas de colo”, isso se torna um ciclo vicioso.
Um hack para esses casos é usar muito sling ou canguru de tecido. São acessórios que ajudam a mãe a dar colo para a criança e ao mesmo tempo conseguir realizar algumas tarefas da casa ou atividades na rua. Não deixe de incluir esses recursos na sua lista de enxoval!
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2. Não atrapalhe os ciclos de sono do bebê
Esse talvez seja o conselho mais difícil de seguir, principalmente para as mães de primeira viagem. Por volta de um mês e meio a dois meses de idade, o bebê começa a acordar choramingando em horários em que não costumava acordar. A mãe normalmente ouve aquele resmungo e já se levanta desesperada, acendendo a luz e pegando o bebê do berço.
Ficamos em estado de alerta e, por isso, é muito difícil ter tranquilidade para perceber se o bebê realmente acordou ou se está apenas fazendo a transição de um ciclo de sono para outro. Nesse caso, ele acaba acordando devido à reação dos pais.
Portanto, quando o bebê choraminga, o melhor a fazer é acalmá-lo sem tirá-lo do berço. Primeiro colocando a mão no peito, fazer o som de chiado (shhhhh) e deixando-o voltar a adormecer naturalmente.
E como saber a diferença entre um choro e um choramingo?
Não estamos dizendo para a mãe deixar o bebê chorar inconsolável no berço. Não faça isso, por favor. O choro geralmente é como um estouro contínuo: não passa com alguns segundos de espera. Se você identifica um choro contínuo do seu bebê, você deve atendê-lo imediatamente e sempre. Mas se for apenas um resmungo, ele logo voltará a dormir e você também.
3. Previna espasmos durante o sono do bebê
O recém-nascido não tem controle pleno dos membros. Por isso, é comum ele se assustar quando tem um espasmo e acabar acordando com o movimento involuntário. Mas é possível evitar que isso aconteça. Sabe aquela prática antiga de fazer os bebês dormirem envolvidos em charutinhos? Existe uma razão para isso funcionar.
A forma de prevenir os espasmos é usando artifícios para que a criança se sinta apoiada. Podem ser rolinhos, ou o casulo, ou até uma toalha-fralda para locais quentes. O importante é que o bebê não se sinta solto, ele precisa ter a sensação de segurança.
Por fim, entenda que vai levar um tempo até que você conheça seu filho. Tenha calma, paciência, não siga palpites de amigos, vizinhos, parentes. Quando você conseguir se comunicar com a criança, vai entender o que cada choro quer dizer e vocês sentirão uma segurança sem tamanho. Um bebê satisfeito dorme e vive tranquilo — e uma mamãe também!
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