A alimentação do bebê é de grande importância e também uma preocupação para as mamães.
Desde que o bebê nasce a gente pensa na alimentação, sendo ela no peito, na mamadeira ou após os 6 meses, e algumas perguntas surgem desde que o bebê nasce: Qual a melhor maneira de fazer o bebê pegar o peito? Será que o bebê está sendo saciado? Devo dar mais? Devo esperar o tempo exato para a próxima mamada ou refeição? Peito na introdução alimentar?
São tantas perguntas que eu me fiz e acho que todas as mães se fazem também. Por isso hoje, vou contar minha experiência na amamentação e na introdução alimentar da Joana até agora com 1 aninho, que completou nesta semana.
Você vai encontrar neste artigo:
Amamentação
Joana mamou exclusivamente no peito até os 6 meses, o que é uma vitória, pois nem toda mãe consegue. Algumas nunca conseguiram amamentar, mas ainda bem que existem fórmulas muito boas e saudáveis para nossos bebês.
Minha irmã, por exemplo, teve dois filhos, o primeiro ela amamentou até 1 ano mais ou menos e no segundo o leite dela secou com 15 dias, por isso não devemos achar que somos melhores ou piores porque amamentamos ou não no peito. Seja qual é e foi a forma que amamenta ou amamentou seu bebê, o que devemos nos preocupar é se ele está ganhando peso e se está saudável, isso sim é o que mais importa.
Amamentar nem sempre é uma tarefa fácil para as mamães. Joana teve uma pega ótima de primeira na maternidade, fiquei paralisada achando um máximo aquele negócio. “Como sai leite do meu peito? Como minha filha sabe mamar?”. Uma sensação que só quem é e foi mãe de primeira viagem entende. Única!
Nas primeiras semanas
Apesar da pega correta, meu peito ficou muito sensível, começou a doer. O peito esquerdo doía mais porque o bico não saiu tanto como o bico do peito direito e por isso eu tinha mais sensibilidade nele, fugindo de dar mamar nele por medo de sentir dor, mas isso logo se ajustou naturalmente.
Na época o pediatra me receitou uma pomada que eu nem cheguei a comprar pois realmente passou rápido. Eu lembro que coloquei o peito na luz do sol por duas vezes, por indicação da minha ginecologista, mas não sei se foi isso que resolveu.
Um bebê recém nascido mama muito. Eu sempre brincava quando alguém me perguntava se ela mama bem, respondendo: “Enquanto está de olho aberto está mamando”. Recém nascido dorme e mama o dia inteiro inclusive de madrugada, e põe madrugada nisso.
Algumas mamães produzem muito leite e na maioria das vezes precisam tirar leite para não empedrar. Comigo aconteceu uma única vez, encheu demais, doeu, ficou duro e eu tive febre. Tomei um remédio para febre e tirei o leite, no mesmo dia fiquei boa e, graças a Deus, nunca mais passei por isso porque é uma dor insuportável!
A relação de amor e sobrecarga da amamentação
Tem dias que a gente se sente cansada e sobrecarregada, tem dias que o bebê só quer peito, tem dias que Joana começa a mamar 5h da manhã quando acorda e vai até as 7h engatada na mãe. Eu tenho costume de levá-la para minha cama nesse horário por ficar cansada de acordar tantas vezes durante a madrugada, então nesse horário eu a coloco na minha cama para tentar cochilar mais um pouquinho. Mas não é fácil!
Tem dias que são difíceis pois a gente não está bem com a gente mesmo ou estamos cansadas da rotina e o bebê está ali esperando e precisando de você. No post sobre os dentinhos do bebê eu falei um pouco sobre essa relação pois amamentação vai além de alimentar, ela é para acalmar, dar carinho, proteger e cuidar todas as vezes que o bebê precisa. Mais uma vez eu digo: o amor supera tudo! Ele move a gente, ele faz a gente passar por tudo e repetir diariamente nossa rotina sem pirar.
A introdução alimentar
Sexto mês é o mês sonhado pelas mamães. Na introdução Alimentar surgem mil dúvidas e incertezas, todas queremos que nossos filhos comam de tudo, amem frutas e legumes. Estamos certas e esse deve mesmo ser o pensamento, assim nossa cabeça fica condicionada a fazer papinhas e oferecer alimentos saudáveis.
Surge também a dúvida de qual método usaremos nessa fase, daremos a papinha como antigamente usando o método tradicional? Optaremos pelo BLW, que é o bebê com total autonomia para comer? Usaremos o Bliss que parece com BLW mas você garante alguns nutrientes para seu filho? Ou optaremos pelo método participativo que é o bebê com autonomia igual ao BLW mas com os pais completando com algumas colheradas? É bom avaliar o método que melhor se encaixa na sua rotina mas sempre pensando no melhor para seu bebê.
Nossa escolha
Na Introdução alimentar da Joana começamos a oferecer frutinhas um pouco antes dela completar 6 meses, pois eu voltaria ao trabalho naquela semana. Porém estamos na pandemia do Coronavírus e isso não aconteceu, fiquei de Home Office.
Quanto ao método, eu costumo dizer que fizemos um pouco de cada. Eu li muito sobre o BLW na época e achava uma loucura e morria de medo dela engasgar, mas comecei a tentar tudo e ver qual se encaixava melhor e, para minha surpresa, ela amou o BLW.
Como ela comia melhor com toda essa autonomia, até hoje ela ama pegar os alimentos e escolhe o que vai comer, fiz o teste com o Brócolis uma vez, soltei ele e misturei para dar na colher e ela cuspiu tudo, na mesma hora peguei um inteiro e dei na mão dela, ela comeu uns 3 seguidos. Assim a partir desse dia eu comecei a avaliar a forma como eu dava os alimentos.
O que mais usamos hoje é o método participativo, pois acho que se deixar ela sozinha, a bagunça é certa e a comida é pouca, por isso eu ajudo com algumas colheradas. Separamos as papinhas em alimentos que a Joana vai pegar com a mãozinha e os alimentos que vão na colher como arroz e feijão, por exemplo, esses eu ajudo.
Como separamos e escolhemos as papinhas do dia
Essa era a minha maior dúvida quando começamos a IA da Joana, as combinações das
papinhas. O pediatra instruiu a separar o pratinho da seguinte forma:
-1 tubérculo (Batata, Batata doce, Inhame, Aipim…);
-1 verdura (Alface, Couve, Espinafre, Rúcula, Agrião…);
-1 legume (Chuchu, Cenoura, Brócolis, Tomate…);
-1 proteína ( Carne, Frango, Peixe, Ovo…).
O ovo sempre foi uma incógnita para as mamães por conta de alergia, a indicação do pediatra foi dar 2 vezes na semana e observar alguma reação alérgica, aqui não tivemos nada e ela ama um ovinho. O peixe também oferecer de 2 a 3 vezes na semana por ser rico em proteínas.
Os temperos usamos todos naturais (cebola, alho, salsinha, orégano, manjericão, alecrim…), sem qualquer adição de sal ou açúcar nos alimentos, todos são refogados no azeite de oliva e no final regamos um pouco também por cima.
No café da manhã uma frutinha e o lanche da tarde uma frutinha ou o famoso danoninho caseiro que é uma fruta batida com inhame cozido, esse foi e é a sensação aqui em casa, Joana ama e sempre comeu tudo, o que me deixa muito feliz porque é uma fonte de vitaminas maravilhosa.
Como ficou dividida a alimentação da Joana
Alimentação dela com 6 meses ficou dividida assim:
– Café da manhã (Fruta)
– Almoço
– Lanche da tarde (Fruta)
O restante do dia é leite materno em livre demanda pois, como falei, estou trabalhando de casa. Caso isso não acontecesse, teria que deixar leite materno congelado ou dar fórmula para ela beber. Com 7 meses introduzimos o jantar e algumas frutinhas nos intervalos.
Agora que fez 1 aninho tudo vai mudar novamente, alguns alimentos serão acrescentados como sucos e derivados de leite. Estamos esperando a consulta ao pediatra para saber quais serão esses alimentos e o que mudará. Conto para vocês mais essa experiência depois.
A introdução alimentar foi um momento mágico na nossa casa, uma alegria ver nossa filha recebendo tão bem os alimentos. Eu li muito sobre a rejeição da criança aos alimentos e também como ela larga do nada e pede peito, por isso não me assusto das vezes que ela não quer comer e só quer peito ou que sai da mesa e já pede o peito.
Até 1 ano o leite materno é o principal alimento e a introdução alimentar, como o nome já diz, é a forma como introduzimos os alimentos e não é para impor ou obrigar a criança a comer, é para ser um momento feliz em família para que ela entenda que o momento da refeição é um momento legal e sinta prazer nele.
E mamães, não se prendam a bagunça que o bebê faz, ela faz parte do prazer de comer. O pediatra indicou também o pai dar a refeição para ela não perder a relação com o peito e o leite materno, pois algumas crianças após a introdução alimentar abandonam o peito por associar a mãe a nova alimentação e não mais ao peito.
A amamentação continua firme, ainda não sei como e nem quando vou tirar, mas ela não tem negado nenhuma refeição. As vezes me sinto cansada de tanto amamentar ao longo do dia, mas também acho tão maravilhoso esse momento que estou deixando o momento dela.