Bebê de 2 anos: o que vivemos até aqui!

No último dia 20 de outubro minha filha Joana completou dois anos. Quantas coisas passam pela cabeça desse tempo que estamos juntas, desde a gravidez. Dificuldades, alegrias, frustrações, medos, realizações e mais alegria.

Gravidez

A gravidez foi um processo difícil para mim. Eu não tive nenhuma complicação grave, mas as pequenas, como eu costumo dizer, tive todas elas. Enjoos até 14ª semana, um forte amargo e gosto metálico na boca durante toda a gravidez (algumas mamães perdem esse gosto ruim no terceiro mês, mas o meu foi até o dia do parto), e um sono enorme, principalmente no inicio da gestação.

Azias fortes em todo período e falta de ar a partir do segundo trimestre. Inchaços foram poucos e mais para o finalzinho da gestação, então não costumo falar muito que tive.

Sentir minha filha mexendo a partir do quinto mês foi a melhor sensação da vida. Costumo dizer que sentir ela mexendo e o barrigão que eu fiquei foram as únicas coisas que gostei na gravidez. Precisamos ser realistas e falar das dificuldades dessa fase também. A gravidez é romântica sim, e um milagre da vida acontecendo dentro de você. É lindo, mas ela não é nada fácil.

Parto

Me lembrar do parto causa uma sensibilidade enorme até hoje. É real que parece que foi ontem esse dia. Lembro que por uns dias, após o parto, eu não conseguia nem ver os vídeos pois me causava uma sensibilidade muito grande.

Eu tive a Joana de parto natural, na banheira (conto mais detalhes sobre ele no post do puerpério). Eu tive muito medo, fiquei muito ansiosa e não quis fazer nenhum dos exercícios no trabalho de parto. Costumo dizer que eu não soube lidar com a dor e tive um bloqueio da mente quanto a isso. Se eu tivesse entendido e praticado as respirações e técnicas do terceiro trimestre talvez não tivesse passado tanto tempo em trabalho de parto. Foram mais de 13h.

Eu sempre indico nos meus textos técnicas e formas de se preparar para esse momento, e isso é muito importante. Com certeza no meu segundo filho eu tentarei fazer diferente.

Primeiros dias e cuidados

Nesse momento a gente aprende de forma bruta a cuidar do nosso filho, em especial para nós, os pais de primeira viagem. É o famoso “aprendi na marra”. O Umbigo do bebê, aquele corpo do bebê molinho que você precisar colocar e tirar da cama, o banho do bebê… que nervoso que dá, aquele ser tão entregue ali na sua mão!

Na amamentação aquela entrega e dedicação única. Quanta dependência, quanto amor!

Nesse momento você começa a entender a responsabilidade que tem. Começa a entender que a maternidade faz parte de você, e seus pensamentos durante todo o dia são destinados para o seu bebê. Até dormindo eu lembro que sonhava com ela, então acordava para ver como ela estava. Um misto de cuidado e preocupação. Uma adrenalina boa!

Os primeiros passos, as primeiras falas e as interações

Ver o desenvolvimento do nosso filho é lindo demais. Lembro que a primeira palavra da Joana foi o famoso “mama”. Minha reação não poderia ser diferente: eu fiquei paralisada, era a realização do que eu esperei por toda a vida, ter um filho. Ali eu entendi que mãe era a palavra mais linda de ouvir.

Os primeiros passos da minha filha foi uma sensação incrível. De forma até que antecipada, perto de completar seus 10 meses, ela deu alguns passos rumo ao colo do pai e ficou radiante, sabendo da conquista que acabou de conseguir.

O nascimento dos primeiros dentinhos foi a fase mais complicadinha que passamos. Os principais momentos de dor foram as mordidas no peito. Mas ver aquele rostinho começar a mudar porque agora tinha dente na boquinha era a coisa mais deliciosa do mundo!

Primeiro aninho

Bem no dia em que ela completou o seu primeiro ano eu tive um misto de emoções porque agora ela começaria a falar, a correr, a brincar, a fazer pirraça e a pedir as coisas. E de fato isso tudo aconteceu no primeiro ano. E como a nossa vida mudou, para melhor!

Ter uma criança em casa é cansativo, não podemos deixar de falar isso. Ela demanda tempo, desgasta, ficamos exaustas, por muitas vezes choramos e ficamos sem saber o que fazer. Em contrapartida é tudo tão incrível, é um amor tão único e puro que todo, mas todo e qualquer esforço vale muito a pena.

Ser mãe requer muita dedicação e amor. O amor de fato vence todas as barreiras e nos faz ter forças para tudo, inclusive forças para acordar muitas vezes na madrugada.

E o nosso sono como fica?

No caso não fica! (rsrs). Alguns bebês dormem a noite toda desde novinho, eles possuem a sua rotina do sono que super funciona, uma alegria para as mamães. No meu caso a Joana nunca dormiu uma noite toda, o máximo que ela dormiu foi em um dia que foi dormir muito tarde, por volta de meia noite, e acordou às 5h, o que foi a glória da mãe!

Eu sempre fiz a rotina do sono com ela. Desde os 3 meses fizemos tudo o que podia e conseguia para ela ter uma noite de sono tranquila. Usei todas as dicas que lia e recebia de amigos e familiares, como: chá de camomila no banho, óleo de lavanda no pé e no travesseiro por alguns meses. Sempre fiz a rotina correta do sono, banho, luz baixa e horário certo de dormir.

Hoje ela dorme no mesmo horário todo dia, porém ainda acorda muito durante a noite. Alguns dias ela acorda 6 vezes, e esse é o desespero da mãe que já tem uma rotina de trabalho puxada. Acredito que todo esse desgaste seja por conta da amamentação. Nós ainda estamos tentando o desmame, mas não tem sido uma tarefa muito fácil por aqui. Ela é muito apegada e acorda a noite chamando por mim para mamar. Se o pai for pegar ela e não eu, ela não aceita de jeito nenhum.

A parte do sono e das noites confesso ser a mais desgastante para mim. Eu brinco, eu faço dormir, eu dou peito o dia inteiro se for necessário, mas acordar a noite é a parte mais cruel da maternidade. Eu me acostumei também, no início eu sofria mais, hoje eu já aceito, levanto e só vou.

A chegada aos 2 anos

No aniversário de dois anos o mesmo misto de sensações que aconteceu no primeiro aniversário retornou, só que agora de uma forma mais amadurecida. Me sinto mais confiante, mais relaxada com a maternidade, toda aquela adrenalina do começo é suavizada. Minha filha já se expressa melhor, fala o que quer e o que precisa, já conseguimos entender os pedidos feitos por ela, e também saber o motivo quando chora.

Joana é uma criança cativante, sorridente e continua sendo geniosa, mas é doce e delicada ao mesmo tempo, além de muito agitada. Quando estou com ela tenho que dar total atenção, ela exige isso.

E o segundo filho

Minha médica sempre disse pra mim que quando a Joana assoprasse a velhinha de dois anos seria a hora de pensar no segundo. Por aqui ainda não estamos pensando porque estou muito atarefada com meu trabalho e meu marido com alguns planos também. Decidimos esperar mais um pouco, e confesso que ainda tenho medo da gravidez e principalmente do parto. Mas antes disso, eu acho a Joana muito nova ainda, muito bebê para pensar em ter outro filho.

A gente vai ter outro filho, isso é sim um desejo do nosso coração. Entendemos que ter irmão é muito legal e que a nossa filha precisa ter esse contato e amizade. Só vamos esperar mais um ou dois anos para tentarmos. Essa é a nossa vontade, mas a vontade de Deus pode ser outra, assim como foi com o nascimento da Joana.

Foram dois anos intensos e cheios de amor. Nossa filha está na fase das descobertas e também da adolescência do bebê, o que faz com que os dias sejam intensos e bem divertidos.

A maternidade é boa demais no geral. Eu sou muito feliz em ser mãe, mesmo com todas as questões que envolve a maternidade, eu me considero completa, feliz e realizada. E agora esperando para viver esses dois anos descobrindo esse mundo todo coma a minha Joana. que venha o terceiro ano!

E você qual fase está vivendo? seu bebê acabou de nascer ou já está na fase das descobertas igual a Joana?