Ela começa próximo aos dois anos, justamente o período que estamos vivendo com a Joana. Mas o que é essa crise dos 2 anos? A considerada adolescência do bebê.
Hoje vou contar um pouco dessa minha experiência, muitas mamães passaram e passam por isso, e é sempre bom contar as nossas vivências, essa rede de apoio ajuda muito.
Você vai encontrar neste artigo:
O que é a adolescência do bebê?
Esse termo chamamos quando o seu bebê, sorridente, simpático, fofo e delicado do nada começa com comportamentos de birra, de se jogar no chão e de chorar sem parar. Esse comportamento apelidado de adolescência do bebê, acontece quando o bebê começa a entender que é um indivíduo e começa a querer conquistar o seu espaço. A forma que ele encontra de demonstrar é batendo, gritando e se jogando no chão.
A Joana tem passado por isso, se ela quer alguma coisa tem que ser na hora e não importa se aquele objeto vai ser legal ou não, se é proibido ou não. Ela simplesmente quer! Quando a gente fala “não pode” é como se estourasse uma guerra em casa. Ela simplesmente faz aquele escândalo, se joga no chão e muita das vezes ficamos com medo dela acabar se machucando.
Como funciona a cabeça do bebê nessa fase
A resistência em ser orientada, falar não para tudo, não querer usar uma determinada roupa ou até mesmo fazer coisas que sempre gostou de fazer como ajudar a guardar os brinquedos. Isso tudo acontece porque simplesmente ele precisa entender o que está acontecendo também! Esse processo acontece por volta de 18 meses podendo chegar até quase 3 anos.
Não considere essa fase como um mito, ela existe e todo esse processo faz parte do desenvolvimento do nosso filho. Não tem como evitar essa mudança, mas temos como passar por elas de forma menos estressante e de modo construtivo.
O que os pais precisam fazer
O primeiro de tudo é ter a famosa e prática paciência, como em todos os momentos da maternidade, não é? E é muito importante saber que isso acontece por conta do desenvolvimento do nosso filho e que é necessário acontecer.
Precisamos ter calma principalmente porque o nosso filho precisa da nossa calma, ele não entende que é uma fase como a gente entende e precisa da nossa ajuda.
Precisamos fazer com que ele compreenda que estamos ali para ajuda-lo e que também valorizamos o que ele está passando. Sendo assim, a melhor coisa a se fazer é deixar que ele viva uma independência em algumas coisas simples e que não são prejudiciais à saúde dele.
Valorizar o autoconhecimento e tentar fazer ele entender as regras. A Joana eu tento conversar com ela, dizendo que aquilo pode fazer mal a ela e tento da melhor forma fazer ela entender a situação, porém nem sempre resolve, na maioria das vezes, ela grita ainda mais! (Rsrs).
Sendo assim eu tento de outras formas exercer essa independência dela, deixando ela executar algumas tarefas da casa. Como aqui em casa a gente divide muitas tarefas e como somos só eu e Gabriel para tudo, acabamos passando nosso dia muito atarefados. Eu trabalho fora e ele cuida da Joana e da casa o longo do dia.
Precisamos sempre incluir a Joana nas nossas tarefas por conta dessa necessidade que ela tem de ajudar, de se envolver e de participar de tudo. É claro que hoje vivendo a adolescência do bebê, tudo se intensifica, se ela não ajudar, vocês já sabem! É aquela guerra.
Como dividimos as tarefas com nosso bebê
Quando estamos lavando a louça, por exemplo, a cadeirinha dela fica ao lado da pia, a gente deixa ela colocar sabão na esponja. No café da manhã, ela participa pegando os talheres e colocando na mesa, assim como a parte de comprar o pão, ela tem que ir todos os dias, o dia que o pai vai sozinho é aquele chororô. Esses pequenos gestos fazem ela se sentir útil digamos assim, ela adora e ao mesmo tempo foi a forma encontrada por nós de tentar passar mais suave por essa fase dela.
Crise fora de casa
A crise dos dois anos, que também é conhecida como “terrible two” (“terríveis 2 anos”), ela não acontece somente em casa, não é mesmo? Parece que na rua a situação e a birra pioram.
Nós, os pais, precisamos além da paciência e calma, faladas no tópico anterior, entender que nem a gente e nem a criança tem culpa, ou seja, não podemos gritar, bater e perder o controle, o que precisamos é simplesmente entender, para que a situação não piore ainda mais.
Confesso que eu muitas vezes saio desse processo de paciência e perco um pouco do controle, acabo gritando e me estressando com a situação. O dia a dia cansativo acumula e quando chegamos em casa e temos que enfrentar mais uma crise do nosso filho faz a gente sair um pouco desse controle.
Essa semana eu gripei e pensa em uma mãe molenga, cansada e sem disposição? Você já deve ter passado por isso e me entende. E no meio de tudo isso, minha filha quer mamar, quer comer, brincar e tudo que uma criança necessita, as demandas dela continuam e é tão difícil passar por isso, mas ao mesmo tempo nosso filho não entende isso e não vai adiantar a gente instaurar o caos em casa. De novo precisamos exercer a paciência e lembrar sempre que é uma fase, só mais uma fase e que vai passar.
Conversar e prevenir
Como as maiores crises acontecem na rua, principalmente porque na rua sempre tem mais coisas para atrair e chamar atenção do seu filho. Por consequência, também é na rua que a gente está na correria pois estamos resolvendo algo, sendo assim, a primeira coisa que devemos fazer é conversar com nosso filho, se prevenir!
Antes de sair de casa, converse com seu filho, avisa que vai em tal lugar, que não vamos no parquinho hoje mas vamos no dia tal. Isso tudo pode não funcionar de primeiro momento mas acredite que aos poucos tudo se encaixa! O seu filho te entende!
O importante dessa conversa é fazer com que ele entenda que se ele fizer a pirraça ou a crise, ele pode perder algo. Não é ameaçar o seu filho, é fazer ele entender que aquela atitude não é legal e atitudes como esta podem ter consequências.
Esperar a crise passar para conversar é a melhor forma de resolver a situação, pois não vai adiantar você tentar resolver na hora. Depois que passar você precisa demonstrar sua insatisfação, mas também mostrar que ele é amado e querido. Isso faz toda a diferença pois nem ele entende o que está vivendo muito bem. Mas os pais entendem.
Adaptando as fases do nosso filho
Todas as crianças passam por essa fase, estamos vivendo essa crise e quando me dei conta que é só mais uma crise que estamos passando, fiquei mais aliviada, assim como os saltos e picos de desenvolvimento que também nos deixam de cabelos em pé (rsrs) e servem para desenvolver os nossos filhos da mesma forma.
Nossos pequenos passam por tantos períodos de crescimento e desenvolvimento, desde a barriga, nos resta compreender o lado deles assim como o nosso também, afinal também estamos aprendendo a ser pais e mães, principalmente os de primeira viagem, que é o nosso caso aqui.
E você está na fase da gravidez? dos saltos e picos de desenvolvimentos? ou já está vivendo adolescência do bebê? Conte aqui nos comentários!