Um corpo perfeito, um cabelo impecável, unhas em dia, sobrancelhas e a depilação então, nem se fala. Definitivamente está não sou eu e sim as mulheres que vejo na rua. O que eu faço nesse momento? elogio ou invejo? Sororidade materna, é sobre isso que vamos conversar hoje.
Hoje, depois de mais uma noite longa, daquelas que Joana acorda 3 a 4 vezes, levantei às 5h30 para aquela nossa rotina básica diária, banho, creche, trabalho, buscar na creche, criança chorando no carro, casa, costura, janta, fazer bebê dormir… Ufa, cansei!
Como sempre falo nos meus posts eu tenho uma rotina bem agitada, eu funciono 24h por dia até dormindo eu to sonhando com as coisas que preciso fazer, não é bonito de se ver e nem de se falar, mas é como eu consigo levar e seguir. Foi a forma que eu escolhi para ser mãe, jornalista, empreendedora e esposa. Não é fácil!
Você vai encontrar neste artigo:
Sororidade materna
A rotina corrida ela faz a gente acelerar e nem sempre tenho tempo para parar e pensar no que posso melhorar, mas quando eu penso em o tanto que é importante um apoio, um incentivo, tudo isso muda.
Eu poderia ter desistido várias vezes se eu não tivesse tido apoio. Apoio de quem? De quem viveu isso também, de quem vive isso, do meu marido que tem a consciência de que não e fácil, mas que precisa estar ao lado apoiando além de incentivando.
A sororidade materna diz respeito a um comportamento de não julgar, principalmente outras mulheres além de ouvir e respeitar as suas reivindicações. Isso não significa que eu precise aceitar e concordar com todas as atitudes das mulheres que vejo, mas devo sim respeitar.
Incentivando outras mães
A sororidade materna fala também incentivar outras mães. Sabe aquela sua amiga que diz que quer montar um negócio só que ela é mãe de dois filhos e dona de casa? Incentive, apoie, mostre para ela os pontos favoráveis. Nem sempre o que é ruim pra mim pode ser para meus amigos. Nem sempre o que eu considero impossível de fato é para outras mulheres.
E tem também aquela velha frase “cada um sabe de si” neste caso, sem ser grosseira, é claro, a ideia é que cada mulher sabe até onde ela pode ir, a gente sabe onde quer chegar. O que compete as outras pessoas é apoiar da melhor forma.
Tive uma consulta com a minha psicologa uma vez que questionei ela sobre como agir quando ajudo as pessoas e dou conselhos e as pessoas não seguem, sendo que eu sei que está certo. Ela me respondeu assim: ” As pessoas te pediram conselho ou você deu sem que elas tivesse pedido? porque se você simplesmente deu conselho sem que elas tivessem te pedido, você realmente não pode esperar nada em troca.”
Essa frase fala comigo até hoje e diz muito sobre o que pretendo passar para você nesse texto. A ideia não é que a gente saia dando a nossa opinião, mas sim saber a hora de dar sem esperar nada em troca. Afinal, como falei, cada uma sabe de si. É apoiar e compreender!
Eu tenho uma vida corrida, mas eu escolhi e sei até onde posso ir, muitas das vezes eu penso em desistir de algumas coisas, abrir mão de outras, mas sabe o que não me faz desistir? É justamente o apoio e o incentivo de quem está do meu lado.
Conselhos de saudáveis
Eu tenho amigas que me escrevem falando que me admiram por toda essa rotina e eu sempre falo para elas que não é nada fácil escolher esse tanto de coisa para fazer. Eu não preciso nessa hora me inflar de ego e falar que sou poderosa, porque eu não sou. Até porque eu também sei que na prática é tudo muito corrido, isso seria mentir para mim mesma!
Entender que quando a gente recebe elogio não é para se achar melhor e sim reverter esse elogio para que ela sirva de incentivo para continuar, ser inspiração para outras mamães é demais para mim. Sempre mostrando a realidade por trás de tudo. Isso acaba motivando elas de alguma forma.
Desta forma criamos a nossa rede de apoio materna!
O apoio feminino
Quando falo em apoio de quem está do lado é importante, mas o apoio feminino é fundamental. Apoio de outras mães também. A nossa sociedade patriarcal há séculos faz a gente competir. Mulheres se vestem para mulheres, eu compro uma roupa para me exibir para minhas amigas. Sempre foi assim e quando a gente resolve mudar isso, ao invés de competir a gente se une, apoia e troca ideias, tudo muda e se torna mais fácil compreender o outro e ser compreendida.
Eu sempre procuro me colocar no lugar quando estou com pensamentos de julgar de alguma forma outra mulher, principalmente uma mãe. Aqueles do tipo: ” Se fosse meu filho não falaria assim comigo” ou “Esse tipo de comida jamais vou dar para meu filho”
Eu sempre me policio quanto a esses pesamentos porque não sei o que essa mãe está passando, não posso julgar porque aquela birra a minha filha pode fazer também, como já fez diversas vezes.
A sororidade materna real
Quando trocamos ideias ao invés de julgamentos a gente consegue compreender melhor o lugar do outro. A carga sobre uma mãe ainda é pesada, ainda precisamos ter que provar muito sobre o que somos e fazemos para ter aquele reconhecimento. No meu texto sobre a romantização da maternidade eu falo justamente sobre isso em um trecho que diz que pai é supervalorizado quando faz o mínimo e a mãe muito julgada quando falha de alguma forma.
Vivemos em uma sociedade machista ainda e é por isso que precisamos nos unir e trocar ideias, apoiar umas as outras. Entender que somos iguais, que passamos pelas mesmas dificuldades, principalmente na maternidade.
Se o seu parto foi cesariana, ok! Se foi parto normal, ok também!
O seu filho mamou no peito exclusivo até 6 meses, ok! Se ele precisou de complemento de fórmula, ok também!
Muitas mães se sentem inferiores por esses motivos, se acham menos mãe porque não seguiram regras impostas pela sociedade, regras que elas não puderam mudar. O parto e a amamentação exclusiva nem sempre são escolhas da mãe e mesmo que fossem precisamos entender o porque essa mãe optou e volto a repetir: “ela sabe de si”.
A amamentação requer da mulher uma entrega total, um esforço exclusivo que nem sempre essa mãe consegue e ela não é menos mãe do que eu por isso. Ela tem suas escolhas, seus erros e acertos. Cabe a mim e a você aceitar, compreender, apoiar e aconselhar de forma gentil.
Ser mãe é uma tarefa que só mãe entende
Só uma mãe sabe onde dói, só quem é mãe sabe o que outra mãe passa. Na gravidez a gente ouve muitos conselhos, mas só compreendemos de fato quando o nosso filho nasce. A Nossa mãe sempre falou que a gente iria entender ela quando fôssemos mãe também e é isso mesmo que acontece, nasce um filho, nasce uma mãe com frases de mãe. Não é mesmo?
A sororidade materna diz sobre isso apoiar, entregar, entender. Mulheres e mães não competem uma com as outras, se unem para trocar ideias, para agregar e valorizar o outro.
No Inicio falei sobre a vaidade feminina, não julgue as olheiras e as unhas sem fazer de outra mãe porque você conseguiu fazer as suas. Compreenda que cada uma tem o seu tempo e seu jeito de levar a vida. E isso serve também para a criação dos filhos.
E você já tinha ouvido falar sobre sororidade materna? Tem apoiado outras mamães?