Um dos maiores dilemas da mãe que trabalha fora é com quem ou onde deixar seus pequenos quando termina a licença-maternidade. Berçário ou babá? E com os avós? Pós e contras permeiam todas as alternativas. O importante é analisar cada uma delas de acordo com a sua realidade logística, financeira e emocional.
Apesar da licença-maternidade, por lei, ser de quatro e seis meses, muitas mães precisam de apoio logo nos primeiros dois meses de vida do bebê.
Babá
Sem dúvida é a opção mais cômoda. Se a funcionária não mora com a família, ela deverá chegar na residência antes da mãe sair para o trabalho: o que economiza tempo à mulher. Outro ponto positivo é que a mãe pode dar suas próprias orientações e regras quanto a criança.
Entretanto, nem tudo são flores. Geralmente a babá fica sozinha com o bebê, sendo difícil fiscalizar se realmente ela está seguindo as orientações ou, até mesmo, se está cuidando bem da criança. Sem contar que se a profissional faltar ao trabalho, deixará todos da família na mão. Além disso, a babá está atenta apenas às necessidades básicas, como alimentação, sono e higiene.
Caso essa seja a sua opção, é importante lembrar que a função de babá não pode ser intercalada a de limpeza da casa. A profissional precisa estar totalmente dedicada à criança para que possa executar melhor suas funções.
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Avós
Naturalmente deixar os filhos com os avós deixa qualquer mãe mais tranquila quando está no trabalho. Os avós, além de terem uma ligação emocional com os netos, costumam (geralmente) ter uma visão de criação similar a dos pais.
Porém, justamente por haver mais intimidade, muitas vezes é mais difícil para a mãe cobrar e impor regras. Fora as diferenças de gerações, eles tendem a mimar os netos.
Em uma época onde as pessoas de melhor idade estão mais ativas, viajam mais e se aposentam cada vez mais tarde, os avós nem sempre estão disponíveis para apoiar. Pesquisas do Instituto de Educação de Londres indicaram que bebês cuidados por avós têm mais tendência a terem problemas de comportamento no futuro aos que ficam em berçários. De acordo com esses estudos, essas crianças não terão as mesmas experiências educacionais e sociais àquelas que iniciam numa escola infantil ou ficam aos cuidados de outros adultos (sejam da família ou não).
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Berçário
Os bebês que ficam em escola infantil contam com uma infraestrutura e profissionais mais bem treinados que estão preocupados não apenas com as necessidades básicas dos bebês, mas também com estímulos e interação. Os locais são mais fiscalizados e, muitas vezes, têm câmeras para que os pais possam acompanhar seus filhos durante o dia. As regras são mais claramente estabelecidas – tanto do lado da escola quanto do lado da mãe, e as crianças convivem com outras crianças (além dos pais poderem ter contato com outros pais, possibilitando a troca de experiência).
Fique atenta à escolha do berçário antes de finalizar a licença-maternidade:
- Cultura: a visão, valores e missão da escola precisam estar de acordo com os da família.
- Infraestrutura: a higiene é um dos principais aspectos a ser considerado, além do número de auxiliares por turma e alimentação. O processo de desmame, que geralmente ocorre aos seis meses de vida da criança, é de extrema importância. Observe se há profissionais qualificados, como nutricionista e cozinheira, e os requisitos de segurança.
- Distância: o ideal é que o berçário fique próximo ao local de trabalho para que, caso tenha alguma emergência, a mãe consiga chegar o mais rápido possível. A segunda melhor opção é estar entre o trabalho e a residência.
- Orçamento: é necessário não somente analisar o valor da mensalidade – há o custo de fraldas, alimentação, material pedagógico, roupas, entre outros.
- Comunicação: a escola precisa ter um canal aberto com os pais e ter abertura à escuta.
- Pesquise! Mais do que visitar as escolas infantis, conversar com outras mães e pais tenham seus filhos em berçários é primordial como referência de experiência.
Independente de onde ou com quem deixará seu pequeno, é necessário dispor de tempo de qualidade quando retornar para casa após o trabalho. Ou seja, estar presente por uma ou duas horas com seu bebê. Fora a qualidade desse tempo, a mãe precisa estar segura da escolha em trabalhar fora após a licença-maternidade. A criança sente a culpa materna, assim como a mãe culpada pode querer compensar sua ausência cedendo às birras ou oferendo brinquedos demais.
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