Você está a gravidez inteira preocupada com a amamentação? Tem medo de amamentar? Tem receio de ser julgada por não querer amamentar? Não se preocupe, aqui você encontrará informações e testemunhos de mãe que não quiseram amamentar e nem por isso são menos mães.
Você vai encontrar neste artigo:
A dhecisão de não amamentar
Certamente você já deve conhecer os benefícios de se amamentar. Mas mesmo assim, decida não amamentar seu bebê quando ele nascer. E tudo bem, desde que esta decisão seja tomada após longas conversas entre você e o pai do bebê e seja regada com muita informação médica. A enfermeira especialista em Saúde materna e Obstétrica Suzana Carvalho de Oliveira nos lembra que: “Para a sociedade em geral parece ser natural e expectável que todas as mulheres queiram e devam amamentar, gerando sentimentos de culpa e recriminação, ou até de segregação perante mulheres que escolhem de maneira diferente, podendo facilmente levar a uma depressão pós-parto“. A decisão por amamentar ou não é uma decisão do casal, e principalmente da mulher, pois será ela que carregará todo o fardo da amamentação.
Quando amamentar não é possível
A mamãe Bia Mendes compartilhou um pouco como foi a descoberta de que a amamentação não estava funcionando para ela e seu filho: “Perceber que o processo não estava dando certo, que o meu filho passava fome, perdia muito peso e que ele não estava saudável – palavras do pediatra – me desmoronou. Eu tentei de tudo, mas não conseguimos”. Ela conta também que se sentia muito culpada e se questionava a todo momento se ela amava menos o seu filho. Mas descobriu com o tempo que isso não era verdade: “Hoje, mais amadurecida, vejo que supervalorizei o problema. Meu filho está lindo, saudável, bem criado. Sou a melhor mãe que posso. Acredito que eu poderia ter sido ainda melhor, se eu não tivesse perdido tanto tempo ficando preocupada e me desgastando com palpites desnecessários naquela época. Boa mãe é aquela que ama o seu filho e que dá o seu melhor para vê-lo feliz e saudável. Ponto final”.
Pressuposto cultural
Essa culpa é gerada na mãe, pois amamentar é uma cultura milenar e possui muito embasamento científico a seu favor. Por essa razão muitos familiares e amigos acabam por magoar a mãe, mesmo que sem intenção ao fazer comentários com juízo de valor. Mas não se deixe levar por isso. Não amamentar não torna nenhuma mãe menos mãe. Laura Ancona Lopez, que é mãe de gêmeos, escreveu em seu texto Pelo direito de (não) amamentar a seguinte colocação: “Não é fácil cuidar de um filho, ter parto normal, amamentar exclusivamente, trabalhar sem culpa, voltar ao corpo de antes, manter um casamento feliz com nenê em casa. Antes de apontar o dedo, lembre-se: mães, principalmente as de primeira viagem, precisam muito de apoio, e não de julgamento.”.
Consequências de um amamentamento forçado
Ser forçada a fazer algo que não queremos é muito desagradável. Muito mais desagradável então, é ser forçada a fazer algo que já carregamos culpa por não querermos fazer. A psicanalista Claudia Fernandes Mascarenhas enfatiza que não devemos criar esta obrigatoriedade da amamentação, pois quando há esta obrigação, o momento não acontece. E em muitos casos, segundo a psicanalista, a mãe não quer amamentar por medo de alguma reação agressiva, e não amamentando-o, o está protegendo. E caso ela não queria conversar sobre isso, é importante respeitá-la pois pode ser um assunto delicado para ela. Claudia então, conclui da seguinte forma: “Quando uma mãe não quiser fazer alguma coisa, tem que respeitar. Nessa hora ela está protegendo o filho, é a hora em que está sendo mais mãe do que nunca”.
Solução para a não amamentação
Caso você tenha decidido com seu companheiro e com o seu médico que não irá amamentar, aqui estão algumas soluções para o aleitamento.
Bombear o leite materno
Uma solução muito boa é bombear o seu leite. Existem vários modelos de bombas, as elétricas, as manuais e etc. Mas para todos os tipos, é necessário cuidado com a higiene, lavando sempre as mãos e a peças da bombinha. Aqui estão algumas dicas para a melhor utilização da bombinha:
- Estimular a produção de leite com lembranças do bebê (caso esteja fora de casa, ter uma foto ou um áudio com a voz da criança ajude na hora de bombear);
- Aqueça os seios, pois assim os canais por onde o leite passa dilatam e facilitam a extração;
- Massageie o seio antes e durante o bombeamento;
- Relaxe, o estresse dificulta a saída do leite;
- Bombeie todo o leite, dessa forma você evita que o leite seque;
- Tenha paciência, ninguém nasce sabendo, aos poucos você pega o jeito;
- Se programe e se prepare, para que você não tenha que interromper a extração (tenha com você bebida, celular e tudo o que precisará nos aproximados 15 minutos de bombeamento);
- Fique confortável;
- Fique atenta a dores e bolhas no seio, não é normal sentir dores (caso identifique algum desses sintomas tente mudar o funil do extrator)
Leite artificial
A fórmula, como também é chamado o leite artificial é uma ótima pedida para mães que não querem amamentar. Converse com seu médico para encontrar a melhor para você e seu bebê, pois existem várias particularidades em cada uma das fórmulas.
- Fórmula a base de leite de vaca;
- Fórmula a base de soja, esta fórmula é muito usada por bebês propensos a desenvolver alergias;
- Fórmula sem lactose, normalmente é indicado em crianças com diarreia persistente;
- Fórmula hipoalergênica, feita com aminoácidos ou proteínas hidrolisadas;
- Fórmula com anti-regurgitante, muitos pais acrescentam amido em fórmulas comuns, mas isso acaba aumentando o valor calórico do leite, aumentando assim o risco de obesidade.
Sempre bom lembrar que caso o leite não seja consumido dentre de 2 horas ele deve ser descartado.
A escolha do leite artificial deve ser feita com cuidado, pois será a única fonte de alimento do bebê por um longo período.
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