O bebê finalmente nasceu e agora ele está em seus braços! Que felicidade, mas que trabalheira, não? Um ser tão pequeno como o bebê precisa de muita atenção e cuidados. Por isso, quando os pais começam a notar sinais de refluxo em seus filhos a preocupação bate. Será que é normal bebês terem refluxo? Como eu posso evitar o refluxo em bebê? Não se preocupe! Neste artigo você vai encontrar todas as informações que precisa pra não entrar em pânico!
Você vai encontrar neste artigo:
O que é refluxo?
O refluxo é quando o alimento volta do estômago para o esôfago. Ou seja, ao invés dele prosseguir o “caminho” natural da digestão, algo acontece para que ele regrida. A doutora Yu Koda, responsável pela gastroenterologia pediátrica do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, e membro da Federação Brasileira de Gastroenterologia explica:
“Acontece com todo mundo, mas muitas vezes a gente nem percebe. É considerado normal quando não é frequente e não causa complicações”
O motivo de nós não percebermos muitas vezes, é porque o nosso próprio corpo tem mecanismos de defesa contra isso. Mas quando este mecanismo falha, nós acabamos sentindo náusea e podemos até vomitar.
Como é o refluxo em bebê?
O refluxo em bebês pode ser identificado com os golfos da criança. Estas pequenas regurgitações são comuns e já esperadas em crianças. Isto porque o sistema digestório do bebê ainda não está completo e seu esfíncter não está tão forte, além de ainda estar um pouco descoordenado. Mas existem casos que fogem na normalidade e precisam ser investigados. Para te ajudar a identificar se o refluxo do seu filho está indo para um nível mais complicado, separamos abaixo os diferentes tipos de refluxo que um bebê pode ter.
Refluxo fisiológico
O refluxo fisiológico é o refluxo comum em bebês. É resultado da formação ainda incompleta do sistema digestório da criança e tende a melhorar com o tempo. Segundo o gastropediatra Luiz Henrique Hercowitz o refluxo é mais comum entre o 2º e 5º mês e 21% dos casos persistem até os 6 meses. Apenas 5% continuam a ter refluxo após o 1º ano. Neste caso, não há necessidade de preocupação. Vá regularmente ao pediatra e sempre comente como o bebê está se alimentando e qual a frequência dos golfos.
Aviso: Antes de mais nada, é preciso deixar claro que esta é apenas uma matéria informativa, todo e qualquer diagnóstico e tratamento deve ser feito pelo médico pediatra que acompanha o bebê.
Refluxo patológico
Quando o refluxo é muito frequente, acontece muito tempo depois da mamada, faz o bebê chorar e faz voltar muito leite, ele precisa ser investigado. Há grandes chances de ser um refluxo patológico, ou seja, é uma doença. Uma causa de refluxo patológico pode ser por exemplo alergia ou intolerância a leite. A doutora Ângela Cassol listou alguns dos sintomas para identificação de um refluxo patológico:
- Sono agitado;
- Vômitos constantes;
- Dificuldade para mamar;
- Irritação e choro excessivo, especialmente durante as mamadas;
- Choro rouco;
- Dificuldade para ganhar peso;
- Inflamações frequentes nos ouvidos;
- Pneumonia aspirativa: quando o leite entra no pulmão e causa pneumonia.
Por isso fique atento quanto ao ganho de peso do bebê. Ele pode ser um sinal de que algo vai mal em no desenvolvimento e alimentação da criança.
Refluxo oculto
O refluxo oculto é um refluxo patológico. A diferença, no entanto, é que a regurgitação não é aparente, pois fica presa dentro do bebê. Por não sair pela boca da criança, esse tipo de refluxo é um dos mais complicados de se identificar. Uma das formais mais eficientes de se descobrir um refluxo deste tipo é prestando atenção ao ganho de peso do bebê e reparar se a criança reclama muito na hora de mamar. O mais importante, porém, é ir regulamente ao pediatra (de mês em mês) para que ele possa acompanhar o desenvolvimento e hábitos alimentares da criança. Por ele ser um profissional capacitado para identificar e tratar o problema, nada mais coerente do que sempre mantê-lo informado.
Como evitar o refluxo em bebê?
Agora que entendemos um pouco mais sobre o refluxo, vamos ver agora formas de evitar que ele aconteça. Aqui embaixo está uma lista de mudanças de hábitos e comportamentos que podemos ter para evitar este tipo de transtorno:
- Trocar as fraldas antes de mamar: Se programe para trocar a fralda da criança antes dela mamar pois o processo de troca de fralda acaba balançando o bebê, além de que ao trocá-la, nós a colocamos deitada, o que facilita o refluxo.
- Evite balançá-la após a mamada: Brincar com um bebê é realmente muito gostosos, mas procure evitar de brincar com ele logo depois dela se alimentar. Brincar é bom mas tem hora certa.
- Não deite a criança: Uma boa solução é não deixar a criança completamente deitada. Você pode, por exemplo, deixa no carrinho ou cadeirinha um pouco inclinada (mais ou menos 30º). E quando for colocá-la na cama, você pode usar um travesseiro anti-refluxo, que tem um desnível, deixando a cabeça do bebê levemente levantada. Dessa forma fica mais difícil o leite voltar pelo esôfago.
- Faça-o arrotar por mais tempo: Fazer o bebê arrotar é sempre uma ótima maneira de audar a combater o refluxo. Fique por, mais ou menos, 20 ou 30 minutos com a criança na posição vertical estimulando-a a arrotar.
- Não dê muito leite: Esta recomendação é mais complicada e só o médico pode dar, já que em crianças que estão ganhando pouco peso, diminuir o leite pode não ser uma boa ideia.
Refluxo em bebê, nada de pânico!
Em resumo, não há nada de preocupante quando seu bebê golfa. O importante mesmo é sempre ir ao médico pediatra e mantê-lo informado das coisas que acontecem quando você amamenta e o bebê acaba regurgitando. Caso você ainda se sinta insegura, veja este vídeo da Shirley, mamãe de dois filhos e que hoje tem um blog e um canal no YouTube. Lá ela conta tudo o que aprendeu sobre refluxo e sobre como foi descobrir a alergia do filho à proteína de leite de vaca.
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