Descolamento de placenta na gravidez

Olá gravidinhas do blog Lá Vem Bebê! Vamos falar hoje sobre um assunto muito importante na gravidez, que é o descolamento de placenta. Vamos conversar sobre o quê é, o porquê acontece, bem como os tratamentos.

O bebê recebe através da placenta todos os nutrientes vindos da mãe. Além disso, ele faz a troca de oxigênio e gás carbônico e retira produtos de seu metabolismo igualmente pela placenta. Simbolicamente chamamos a placenta como “árvore da vida”. Fizemos um post que fala tudo o que você precisa saber sobre a placenta, bem como o que podemos fazer com ela após o parto. Vale a pena conferir!

Existe um ditado que diz que quando nasce uma mãe nasce uma culpa junto. Porém, de antemão, já adiantamos que nem sempre o descolamento da placenta acontece por culpa da mãe, em alguns casos ela é algo natural.

Esse universo materno é algo muito grande e, nesse sentido, precisamos sempre estar lendo sobre as coisas que nos envolvem.

Descolamento de placenta: o que é?

Descubra o que é descolamento de placenta

Primeiramente, para começar a nossa conversa, entenda que o descolamento da placenta acontece quando ela desgruda da parede do útero antes do tempo certo. Dessa forma a saúde do bebê e da mãe entra em risco, gerando uma situação difícil.

Esta condição, que é mais comum no terceiro trimestre da gestação, priva o bebê de nutrientes e oxigênio. Dessa forma, assim que desconfiar do descolamento de placenta, a mamãe deverá procurar o médico imediatamente.

Contudo, caso o descolamento aconteça antes de 20 semanas de gravidez se chamará descolamento ovular. Isso é o acúmulo de sangue entre a placenta e o útero devido ao descolamento do óvulo fecundado da parede do útero. Essa situação ocorre durante o primeiro trimestre de gravidez.

Sintomas de descolamento de placenta

Assim como diversas intercorrências na gravidez, o descolamento de placenta mostra os seus sinais. Primeiramente, um dos principais sinais (que inclusive pode demonstrar outros fatores) é o sangramento.

Sabemos que uma gestante não menstrua e por isso, todo e qualquer vazamento de sangue na gravidez, necessita de investigação. Esse então é um dos primeiros sintomas de que sua placenta pode estar decolada do útero. Porém em alguns casos de descolamento de placenta, nem sempre esse sangue vaza na roupa, ele pode ficar retido entre a placenta e o útero. Por isso se atente aos outros sintomas.

Além do sangramento, temos outros fatores que podem deixar a gestante em alerta, que são:

  • Dor abdominal intensa;
  • Dor na região lombar;

Os sintomas podem variar de intensidade de acordo com o tamanho do descolamento. Se este for pequeno, ou parcial, pode nem causar sintomas. Nesse sentido, é importante que as ultrassonografias estejam sempre em dia, bem como todos os outros exames da gravidez .

Em contrapartida, caso o descolamento seja grande, ou completo, consideramos a situação mais grave e, por isso, os sintomas também são maiores e mais fortes. O sangramento também pode ser mais intenso neste caso. O sangramento nem sempre acontece pelo descolamento da placenta, pode ser também pela condição de placenta prévia, entre outros fatores. Cuidado com o diagnóstico!

Placenta prévia

O sangramento uterino também pode ser caracterizado pela condição de placenta prévia, que é diferente do descolamento de placenta. A placenta prévia é causada pelo posicionamento da placenta, que pode cobrir parcialmente ou totalmente o colo do útero.

Dependendo da idade gestacional, se a placenta estiver perto do colo do útero no final da gravidez pode provocar sangramento também e, sobretudo, um parto prematuro ou necessitar de uma cesariana.

Como descobrir o descolamento de placenta

Como descobrir o descolamento de placenta

O diagnóstico é feito pelo obstetra através de exames físicos e clínicos que podem detectar coágulos e entender as condições. Os exames que podem ser pedidos caso haja o descolamento de placenta prematuro são:

  • Monitoramento do coração fetal
  • Hemograma completo
  • Ultrassonografia transabdominal ou pélvica – é necessária se há suspeita de placenta prévia com base em ultrassonografia transabdominal. Mas os resultados com um ou outro tipo de ultrassonografia pode ser normal no descolamento prematuro da placenta.
  • Teste de Kleihauer-Betke, se a paciente tiver sangue Rh negativo — para calcular a dose necessária de imunoglobulina Rho(D).

Nem sempre todos os exames serão solicitados, assim como novos exames podem ser incluídos nesta lista caso haja necessidade ou o obstetra queira uma disgnóstico mais completo.

Quando o descolamento de placenta é considerado grave

Alguns casos são considerados mais graves e necessitam de cuidados especiais. Então caso você tenha um dos sintomas abaixo, deverá procurar o médico com urgência.

  • Sangramento vaginal ou rompimento da bolsa com líquido ensanguentado;
  • Cólica, dor no útero, dor abdominal ou nas costas que aparece de modo súbito;
  • Contrações frequentes, muito perto uma da outra, ou uma contração que não tem fim;
  • Se o bebê não estiver mexendo como de costume.
  • Batimentos fortes do coração;
  • Desmaios;
  • Palidez.

O que pode causar o descolamento de placenta

Antes de tudo saiba que o descolamento de placenta pode ocorrer em qualquer gestante saudável e sem qualquer contratempo ao longo da gravidez. Nem sempre acontece pela gestante ter feito alguma coisa, alguns casos podem ser desenvolvidos naturalmente. Contudo alguns fatores podem ocasionar o descolamento ou afetam a circulação do sangue, são eles:

  • Fazer esforços físicos muito intensos;
  • Ter sofrido uma pancada forte nas costas ou barriga;
  • Ter pressão alta ou pré-eclâmpsia;
  • Ser fumante;
  • Fazer uso de drogas;
  • Apresentar rotura da bolsa antes do tempo previsto;
  • Ter pouco líquido amniótico;
  • Ter uma doença que altere a coagulação do sangue.

Como falamos, no terceiro trimestre, por conta do tamanho do bebê e da placenta que são maiores, o descolamento pode acontecer e ser a principal causa de sangramentos. Dessa forma, após ser diagnosticado, deverá iniciar imediatamente o tratamento necessário.

Tratamento para descolamento de placenta

Grávida e o tratamento

Nesse sentido, havendo uma desconfiança de descolamento da placenta, bem como algum sangramento, procure o seu obstetra que ele indicará os possíveis tratamentos para você.

Os tratamentos podem incluir repouso e até internação, dependendo da gravidade. Como sabemos, cada caso tem suas particularidades no tratamento, do mesmo modo que inclui também a idade gestacional e o estado de saúde da mãe e do bebê.

Para o bebê que está com mais de 34 semanas, frequentemente o parto feito, podendo ser normal ou cesárea, isso depende do grau do descolamento. Se for leve, pode ser induzido o parto normal. Contudo, se este descolamento for mais grave, o parto precisará ser cesariana.

No caso das semanas serem menores do que 34, deverá ser feita avaliações recorrentes até que o sangramento estabilize ou pare. Neste caso o médico, no entanto, pode iniciar o uso de medicamentos que diminuam a contração uterina.

Quando há necessidade do parto prematuro, é muito importante avaliar as condições e prepara o bebê ainda na barriga para o nascimento, por isso se torna necessário o uso de medicamentos que amadureçam o pulmão do bebê.

No caso dos quadros leves,  o repouso em casa se faz necessário e neste caso e muito importante que a gestante realize repouso absoluto para proteger e assegurar a saúde do bebê, evitando assim o parto prematuro ou deixando o máximo que conseguir o bebê se desenvolver a barriga. Conte com uma rede apoio para essa tarefa!

Quais as mulheres que possuem mais riscos de descolamento de placenta

De antemão falamos que qualquer pessoa pode desenvolver, mas algumas mulheres que possuem mais facilidade para essas condições como:

  • Histórico de descolamento em gestação anteriores;
  • Hipertensão ou pré-eclâmpsia;
  • Mulheres com histórico de coagulação de sangue;
  • Casos de rompimento de bolsa antes de 37 semanas em gestação anteriores;
  • Possuem excesso de líquido amniótico;
  • Histórico de sangramento em outras gestações;
  • Gravidez gemelar;
  • Que tenham sofrido traumas na barriga como acidentes, entre outros;
  • Fumantes, usuárias de drogas ou grande consumo de álcool;
  • Idade também conta, mulheres mais velhas aumenta o risco de de descolamento de placenta;
  • Que tenham tido mioma.

Em suma, o descolamento de placenta pode acontecer com qualquer mulher e em qualquer idade gestacional. É necessário se atentar aos sintomas, assim como estar sempre em dia com o pré-natal. É nele que o médico vai fazer todas as avaliações e diagnósticos para uma gravidez saudável.

Aqui em nosso blog estamos sempre dando dicas para as gravidinhas e também nas nossas redes sociais. É um prazer para nós ter a sua companhia durante todas as etapas da gestação, bem como no pós parto e todo crescimento do seu bebê!

Agora, conte para a gente em qual fase da gestação você está! Alguma coisa te deixou mais preocupada? E como anda o seu pré-natal, tudo em dia? Conte sempre com nossas dicas para te ajudar!