A grávida dinamarquesa: o que o Brasil pode aprender com o país mais honesto do mundo?

Vinte anos consecutivos no topo dos países mais honestos do mundo e atual segunda colocada no ranking dos mais felizes, a Dinamarca é um exemplo de como conviver em sociedade. E, para as mamães e futuras mamães dinamarquesas, também não faltam motivos para estar de bem com a vida.

Bandeira da Dinamarca
Dinamarca: o país mais honesto do mundo

O país ganhou mais uma vez as manchetes internacionais por figurar com o menor índice no ranking de percepção de corrupção, que conta com 176 países. Enquanto a Dinamarca manteve a liderança, o Brasil, em plena crise política, ocupa o longínquo 79º lugar.

Mas o que esses índices e números interferem na vida das futuras mamães? Bom, em muita coisa. Além de saberem que o futuro dos filhos está garantido por um sistema público de educação que é considerado um dos melhores do planeta, as grávidas dinamarquesas ainda contam com uma série de benefícios e, assim, podem se preocupar somente a própria saúde e com o bebê.

Todos esses cuidados colocam o país em 4º lugar em mais um ranking: o dos melhores lugares do mundo para ser mãe – esse publicado pela organização Save The Children.

Grávida
A mamãe quem decide em qual hospital quer ter o filho, e terapias alternativas, como a acupuntura, são oferecidas para aliviar as dores

Médico de família

No país, ao engravidar, as mamães contam com um médico de família, que é quem, ao lado da enfermeira obstétrica, cuida dos primeiros meses de gravidez. A rede pública de saúde dá direito a dois ultrassons durante uma gestação normal. O médico de família e a enfermeira obstétrica podem ser acionados em qualquer momento por telefone, no caso de emergência ou alguma dúvida.

Todo acompanhamento é feito em cima da possibilidade de um parto normal, preferência da rede pública de saúde. É a mamãe quem decide em qual hospital quer ter o filho, e terapias alternativas, como a acupuntura, são oferecidas para aliviar as dores.

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Licença remunerada

O medo de perder o emprego, que assombra as futuras mamães no Brasil, passa longe da realidade do país mais honesto do mundo. Na Dinamarca, assim como nos outros países escandinavos, a licença-maternidade remunerada é de 53 semanas, ou seja, mais de 12 meses.

Licença-maternidade de 53 semanas
Licença-maternidade de 53 semanas

Qual mamãe que trabalha não sonharia em participar, assistida pelo Estado, do primeiro ano inteirinho de seu bebê?

Para se ter uma ideia, no Brasil a licença remunerada para as mães é de, no máximo, 180 dias corridos, o equivalente a seis meses.

Independência e liberdade

Morar no país mais honesto do mundo tem muitas vantagens para as mamães. No país, a relação com os filhos é de bastante liberdade. Sem medo da violência, é comum que crianças dinamarquesas façam sozinhas o caminho até a escola, por exemplo.

Liberdade na relação com os filhos
Liberdade na relação com os filhos

Esta educação mais independente é marca também das escolas que, por lá, não raro oferecem aulas até mesmo dentro de florestas. Os alunos sobem nas árvores, contam com lições de preservação do meio ambiente e, de quebra, ainda deixam um pouco o enclausurado ambiente de sala de aula.

Tratar as mamães com o respeito que elas merecem e colocar a felicidade das famílias que receberão o bebê acima dos interesses financeiros parece ser uma boa dica para o nosso país, não é mesmo?

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