Olá, papais! Sabemos que crianças tem suas personalidades, seus jeitos e sua forma de lidar com alegrias e frustrações. Os nossos filhos quando entram na creche ou começam a ter contato com outras crianças. Com isso podem chegar em casa mordidos ou contando que algum amiguinho bateu neles, mas hoje meu texto é para falar do outro lado, o lado da criança que bate, como agir? O que fazer quando meu filho está batendo em outras crianças?
Antes de tudo eu já adianto que estou vivendo isso de perto com a minha filha Joana. Não tem sido um período fácil, estar do outro lado também é bem difícil.
Essa semana fui chamada na creche pela professora e pedagoga pois minha filha tem tido comportamentos agressivos com os coleguinhas, tem batido, empurrado, entre outras atitudes. O primeiro pensamento que fiquei foi, o que eu fiz? Onde errei? Voltei para casa sem saber o que fazer e pensar. Brinquei com meu marido em casa que estava na caixa do nada, não sabia o que pensar e nem como agir.
Buscar motivos e culpados não é a melhor solução. Quando converso com as pessoas sobre o ocorrido o que mais ouço é “ah é coisa da idade” ” já já passa” Sim, também sei que é coisa da idade além de saber que isso é uma fase e que também vai passar. Acredito ser parte do Terrible two (terríveis dois anos) ou adolescência do bebê, falei sobre isso neste post . São atitudes que praticamente todas as crianças passam nesta fase.
O processo é bem complicado, lidar, ensinar assim como entender e contornar os seus próprios sentimentos não é nada fácil!
Você vai encontrar neste artigo:
Sentimento de culpa pelo filho que bate em outras crianças
Quando fui embora da creche enquanto ia para casa, eu tentava entender onde está a minha culpa? O que eu fiz ou deixei de fazer para isso acontecer? Hoje escrevendo esse texto consigo chegar a conclusão de que eu não tenho culpa, de que a personalidade dela faz ela ser impulsiva.
Eu sou uma pessoa que trabalha muito, saio cedo, volto e continuo trabalhando, me julguei por isso, falei que a culpa era minha de não dar atenção para a minha filha e que por isso ela estava tendo essas atitudes agressivas. Apesar que em casa não temos costume de gritos, de agressões, nada disso.
A princípio a gente tende a se culpar, depois a gente avalia e chega a conclusão de que não tem culpa e por isso seguimos tentando, o que não podemos fazer é deixar de lado e fingir que não é com a gente. Temos a responsabilidade de ensinar e mostrar o caminho certo, mesmo que isso demore mais do que esperamos.
Dicas para lidar com o filho que bate em outras crianças
De antemão já falo que hoje não estou para dar dicas do que passei e funcionou, mas sim do que estou aprendendo e lendo. Hoje quero mostrar dicas sobre o que estou lendo, assim como o que tenho feito ao longo desta semana com a minha filha. Além de seguir dicas para o tipo de educação que desejo traçar com a minha filha, pautada no amor, na conversa e sobretudo no respeito e valor.
Responder com chutes, beliscos e empurrões é contudo a maneira que os nossos filhos encontram por não conseguirem e terem pouco controle sobre seus impulsos e vontades. A criança acredita que o mundo funciona em virtude de suas vontades. É um conflito interno para elas também. O que não podemos fazer é ignorar que o fato de ser da idade não quer dizer que é certo. E os pais tem um papel fundamental nessa fase do aprendizado da criança.
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Manter a calma
Na hora da raiva, da birra e do choro a nossa vontade é dar sim um bom grito para extravasar, porém somos espelho para o nosso filho e gritar ou tomar medidas agressivas não vai adiantar além disso pode piorar e deixar ele mais irritado. Essa parte eu acho bem difícil!
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Compreenda seu filho e ajude ele a se expressar
Ideal quando ele tiver impulsos agressivos e de raiva é que a gente espere eles se acalmarem d converse com o seu filho, claro que não depois de muito tempo, até porque ele precisará entender o porquê desta conversa, se demorar muito ele não terá essa compreensão. Fale para ele que é normal a gente se irritar com algumas coisas, porém deixe claro que não é batendo ou mordendo que ele vai resolver o problema. Ensina ele a se expressar com os seus amigos quando não gostar de algo.
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Não castigue mas faça ele entender porque está errado
Essa tarefa é complexa de fazer, mas aos poucos e contudo na constância ele vai entender o porquê não esta brincando com aquele brinquedo. Ou compreender que ele não está fazendo o que ele queria.
Sente em uma cadeira e fale para ele que a brincadeira acabou porque ele jogou a bolinha no amigo ou porque ele bateu durante a brincadeira. Além disso explique que quando ele estiver mais calmo e não tomar mais tal atitude ele voltará a brincadeira.
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Limites precisam ser impostos
Não deixe que isso seja recorrente para que você inicie uma conversa ou corrija seu filho. Quando acontecer na primeira vez já comece o processo de conversa para ele entenda desde sempre o que está acontecendo e não faça. Não deixe seu filho se acostumar com o errado.
O filho que bate em outras crianças precisa entender que ele perde as batalhas, não deixe ele brincar com o brinquedo que gerou esse comportamento não podemos permitir que ele fique com o objeto após uma agressão. Se ele sair ganhando ele vai achar que pode fazer isso sempre.
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Insista
Sejamos insistentes e coerentes e sempre tentando aplicar e ter o mesmo comportamento e discurso quando ele fizer novamente. Tenha sempre o diálogo: “você fez isso de novo? Então por isso vai sentar para pensar novamente”.
Não repreenda seu filho em público para não gerar vergonha e com isso aumentar o nervosismo dele e desencadear um sentimento de raiva e ter uma relação violenta.
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Procure ajuda quando seu filho bate em outras crianças
Se você tem tentado de tudo e não tem resolvido, não hesite em pedir ajuda profissional, um psicologo infantil pode ter ajudar a tomar decisões. Além disso, não se envergonhe do problema e comente com amigos e pessoas que possam te ajudar.
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Elogie os bons comportamentos
Esse item eu considero o mais importante de todos, não podemos viver de criticar e podar os nosso filhos com as atitudes erradas, precisamos sim elogiar e parabenizar pelos bons atos. Se ele te ajudou a juntar o brinquedo, elogie e fale o quanto é legal receber essa ajuda. Ele fez carinho no amiguinho que machucou, elogie essa atitude. Assim ele vai entender que os bons comportamentos são os que geram mais benefícios para ele.
Educar, criar e ensinar é muito difícil e estar do lado da mãe que recebe as reclamações não é nada fácil, mas com insistência e persistência, a gente chega lá e em breve eu volto para contar todos os avanços e evoluções para vocês.
Mamãe, você já passou por isso em casa? O que você fez para ajudar o seu filho?