Conversas com os filhos

Olá, pessoal! Hoje vamos falar de um assunto muito falado, literalmente! Conversas com os filhos. Como conversar e como reagir na conversa, bem como os embates que precisamos enfrentar na vida materna.

Decidi falar sobre esse assunto porque nos meus últimos textos eu sempre tenho algum comentário sobre conversas com minha filha ou que precisamos conversar.

Hoje trouxe esse assunto pois nesta semana (e não só nesta mas há algumas semanas) eu tenho vivido na prática o que é o processo de conversar e dialogar com minha filha.

Joana tem dois anos e meio e muitas pessoas acham que ela por ser muito nova não tem compreensão das coisas. Ouço também que nada vai adiantar falar com ela pois ela daqui a pouco vai fazer novamente.

No post sobre filhos que batem  eu contei que fui chamada na escola dela pois ela estava batendo nas crianças e fiquei de voltar aqui para contar o que fiz e se resolveu ou não esse problema.

Conversa com o filho sobre escola

No texto sobre filhos quem batem em outras crianças eu falei sobre todas as pesquisas que eu tenho feito sobre esse tipo de situação. Basicamente a solução que tenho encontrado é conversar com o filho e não castigar, mas sempre mostrar o que ele fez de errado.

No dia em que a professora falou que minha filha estava batendo nos amigos eu fiquei muito mexida e perdida. Na ocasião ela me deu dicas e ressaltou o quanto minha filha é inteligente e esperta, com isso uma boa conversa resolveria esses pequenos problemas.

Pois bem, foi o que eu fiz. No primeiro dia eu conversei, expliquei que não podia. Conversei também com o pai dela sobre isso e decidimos que íamos lembrar dos episódios várias vezes ao longo da semana, assim como aos fins de semana, quando ela não vai na creche.

Passei a semana toda falando e explicando que não pode. Contudo, todos os dias era um amiguinho novo que ela continuava a bater. Assim foi durante toda a semana.

Quando chegou a sexta-feira eu já estava com vergonha de olhar para a professora e perguntar como tinha sido o dia e ela falar “nada, mãe! Bateu de novo”, porém nesse dia a professora disse que havia melhorado, que na verdade estava melhorando, que foi melhor.

Isso me fez voltar para casa feliz da vida, como se tivesse ganhado o Oscar. Mas entendi o recado da professora quando ela disse está melhorando. A bem da verdade o que ela estava dizendo é que precisava continuar nas minhas conversas.

Os resultados das conversas

Decidi que naquele fim de semana eu seria uma mãe dedicada, focada em ajudar a minha filha a melhorar. Passamos o fim de semana todo intensificando as falas de não pode bater, não pode gritar e tudo mais. Até que no domingo, na nossa oração diária, ela pediu para orar, e em sua oração ela disse: “Tutu (que e como ela se chama) não vai mais bater”.

Meu coração se encheu de alegria e a partir desse dia eu entendi que tudo que a gente fala com carinho e amor ela entendia. Foi nesse momento que avançamos, e tudo começou quando começamos a ter conversas com os filhos.

Nesta semana eu passei por duas birras e pirraça da Joana que de novo me fez sentir o quão difícil é ser mãe. Ela volta muito cansada da creche, e temos um longo caminho até chegar em casa. Nesse caminho eu vou conversando, dou umas frutas e biscoitos para ela comer e assim seguimos. Por duas vezes nesta semana ela simplesmente não aceitou o carro, chorou, gritou, conseguiu se soltar do cinto de segurança da cadeirinha. Enfim, um verdadeiro caos. Eu fui quieta sem ação, tentei falar, mas ela gritava sem me deixar falar.

Converse sempre com os filhos

Ao chegar em casa eu pensei que fosse sono e que tudo ia melhorar no dia seguinte, mas no outro dia foi tudo igual. Foi nesse momento que eu pensei que precisava de novo conversar com minha filha, isso não está certo!

Em mais um dia em que ela gritou bastante no nosso caminho até em casa, ao chegar comecei a conversar com calma com ela. Falei sobre o quão feio foi o que ela fez e que mamãe não tinha gostado, que eu fico triste quando isso acontece e que gostaria que no dia seguinte fosse diferente. Falei isso por 3 vezes antes dela dormir.

No dia seguinte ela acordou e umas das primeiras coisas que ela falou foi: “tutu não vai chorar, mãe”. Eu respondi feliz que sim e aproveitei para reforçar que também não pode bater nos amigos. Sempre aproveito para falar isso com ela, pois sei que pode voltar a acontecer.

E funcionou. Já fazem alguns dias que ela não grita e chora no carro, e também já faz um tempo bom que ela não bate em ninguém na creche. Contudo, todo dia continuamos conversando bastante.

 

A importância de ter conversas com os filhos

A conversa traz intimidade. Em momentos de conversa é que podemos falar sobre o que estamos gostando ou não, o que nos deixa feliz. É momento de ser claro.

Esses momentos de conversa são fundamentais para passar confiança para nossos filhos, segurança. Faz bem também para a saúde emocional deles, bem como nosso também. O diálogo aproxima as pessoas, por isso sempre tenha conversas com os filhos!

Como ter boas conversas com os filhos

Existem algumas dicas que valem de ouro. Claro que cada pessoa é diferente da outra, portanto não existe uma receita pronta. Contudo, ser intencional em ter boas conversas com nossos filhos fará toda a diferença.

  1. Evite distrações
    É muito comum hoje o uso do celular enquanto estamos com outras pessoas. Isso não é legal. É importante se mostrar presente, focado na conversa.
  2. Ouça mais do que fale
    Em especial para momentos de conversas com os filhos mais profundas, mais sérias, precisamos ouvir sempre o outro lado, só depois falar. Valorize o que a criança está se esforçando para falar, respeite e saiba dar continuidade na conversa.
  3. Cuidado com o tom da conversa
    O cuidado deve ser na altura em que estamos falando e com nossa postura. Precisamos criar um ambiente de segurança e confiança para que a criança fale.
  4. Lembre-se que o adulto é você
    Parece ser uma coisa muito lógica, mas às vezes queremos que a criança se comporte como um adulto. A responsabilidade de manter a calma durante a conversa precisa ser sua como adulto.
  5. Converse sempre
    A educação que queremos dar para os nossos filhos passa sempre pelas conversas. Mas essas conversas não podem ser apenas em momentos de cobrança, quando estamos insatisfeitos com alguma coisa.
    Precisamos ter tempo de qualidade com as crianças. Brincar, passear, sentar no chão, e nesses momentos estar conversando sempre.

Aqui em casa estamos colhendo bons frutos das conversas com os filhos! São essas conversas que tem feito nossa filha pensar.

Inclusive esta foi uma dica da professora da creche: não fale que está colocando ela de castigo, mas diga para ela sentar para pensar um pouco no que fez.

São vários detalhes que precisamos estar atentos. É um ser humano em construção, e isso não é fácil, mas com certeza o melhor caminho é sempre ter conversas com os filhos

 

Falando em conversa, conte para a gente como é o diálogo entre você e seu filho! O que vocês fazem juntos em tempos de qualidade? Escreva para a gente nos comentários!