Nesse post você irá ler sobre:
- Quais são as diferenças entre os partos
- Quais os benefícios e riscos de cada parto
- E muito mais!
O parto faz parte de uma das maiores preocupações das mães. Medos, inseguranças e falta de informação podem causar impressões erradas quanto à cesária, o parto normal e parto humanizado. As dúvidas são muitas, por isso conversamos com a Ginecologista e Obstetra Dra. Carolina Corsini, CRM109680, para entender as diferenças e indicações de cada parto para as mamães.
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Você vai encontrar neste artigo:
1. Diferenças entre os partos
A principal diferença entre os partos é o local em que irá se retirar o bebê e a aplicação de anestesia, conforme explica a Dra. Carolina. “Os partos podem ser vaginais ou abdominais (cesárea).
No parto cesárea, em que há necessidade de eliminação completa da dor e da sensibilidade, a anestesia realizada geralmente é a raqui, mas pode ser realizada também a peridural. Em raros casos, opta-se pela anestesia geral (por exemplo: paciente com contra indicação à raqui e/ou peridural).
Já o parto vaginal pode ser sem anestesia, com anestesia local (caso seja realizada episiotomia), sob anestesia peridural, raquianestesia ou duplo bloqueio (raqui e peridural combinadas).
O tipo de anestesia depende do grau de dor da paciente, do deseja da mesma de ser submetida à anestesia e do tipo de intervenção que se pretende realizar, por exemplo, nos casos em que é necessária a utilização de fórceps no parto vaginal, o ideal é que a paciente esteja sob anestesia.”
2. Benefícios e riscos
O processo do parto deve priorizar a vida da criança e da mãe, com isso, o médico que os acompanha durante a gestação pode indicar o procedimento mais adequado de acordo com o estado de saúde de ambos. Para entendermos os riscos e benefícios de cada parto, a Dra. Carolina nos explica cada caso.
a) Parto normal
“O parto normal, ou vaginal, tem o benefício de ser normalmente realizado de forma espontânea, respeitando-se o ciclo gravídico normal. Para o bebê, dentre as vantagens do parto vaginal, podemos citar que a passagem pelo canal de parto elimina as secreções pulmonares e diminui o risco de desconforto respiratório. A passagem pelo canal vaginal materno também faz com que o bebê seja colonizado pelas bactérias da mãe, reduzindo o risco de infecções nos primeiros dias de vida. Para a mãe, o parto vaginal apresenta recuperação mais rápida e menos dolorosa. O vínculo mãe-filho geralmente se forma mais rapidamente e intensamente após o parto vaginal.”, explica a médica.
b) Parto humanizado
“O parto dito humanizado, seria aquele com menos intervenções, em que a mulher dita o ritmo do trabalho de parto. Ele apresenta baixo risco desde que respeitadas as condições maternas e fetais e realizado em ambiente seguro, com equipe especializada. É importante respeitar a vontade dos pais quanto à necessidade das intervenções durante o trabalho de parto e (por exemplo: rotura artificial de bolsa, administração de oxitocina, realização de episiotomia). Ao mesmo tempo, e importante também manter a prudência e observar os sinais maternos e fetais de bem estar durante esse período, intervindo caso algo apresente risco aumentado.”, explica a Dra.
c) Cesárea
“A cesárea apresenta menor risco em relação ao sofrimento fetal que pode ocorrer eventualmente durante o processo de trabalho de parto, no entendo, se mal indicada (exemplo: cesárea realizada precocemente), pode aumentar o risco de desconforto respiratório do recém-nascido. Além disso, a cesárea apresenta os riscos como qualquer procedimento cirúrgico, apesar de serem raros.”, afirma a médica.
3. Contra-indicação para parto normal, e consequentemente indicação para cesárea
“Muitas são as causas que contra-indicam o parto por via vaginal, seria quase impossível listar todas, mas as mais comuns são:
♥ desproporção cefalo-pélvica: quando a cabeça do feto e grande demais para a bacia da mãe. Isso geralmente ocorre em fetos grandes (macrossomicos).
♥ feto em apresentação pélvica: essa é uma contra-indicação relativa, não absoluta. A maioria dos profissionais opta por via alta nessa apresentação devido ao maior risco de complicações nos casos de parto vaginal.
♥comprometimento da vitalidade fetal durante o trabalho de parto: muitas vezes, pode ocorrer sofrimento fetal durante o trabalho de parto e a via alta (cesárea) acaba sendo a melhor opção por ser a mais rápida (dependendo da evolução do trabalho de parto).
♥doenças maternas que contra indicam o trabalho de parto, como por exemplo algumas cardiopatias, em que a mulher não pode se submeter ao esforço do trabalho de parto.
♥distocia funcional: quando o trabalho de parto deixa de evoluir e a dilatação não evolui.”
4. O desejo da mãe na hora do parto
Você sabia que o seu desejo de como quer o parto é previsto por lei? Claro que é muito importante ouvir os médicos quanto à saúde e condições para a realização de todos tipos de parto. “É previsto pelo código de ética médica que a paciente tenha total liberdade para escolher a via de parto de sua preferência, desde que bem orientada quanto aos riscos e benefícios.”, completa Dra. Carolina.
Ainda tem dúvidas sobre o parto? Manda pra gente!