Eu erguia a bandeira contra a chupeta. Saiba o que me fez mudar de ideia!

Durante a gravidez, assisti milhares de vídeos para me sentir preparada quando a Alice chegasse. Você se identificou comigo? Vi vários vídeos sobre os males do uso da chupeta; sempre pus na cabeça que era algo fora de cogitação; eu era capaz de levantar uma bandeira contra o uso e sacudir em todo lugar que via uma criança com ela! “Que absurdo, olha o tamanhão da criança usando chupeta”!

O que eu pensava?

Qualquer coisa que criasse um “vício” para minha filha, poderia ser prejudicial para o seu desenvolvimento psicológico. Eu pensava isso, porque ficava com medo da Alice ter hábitos que futuramente desenvolvessem em algo pior: roer unha, vício em jogo, vício em alguma bebida e até tabagismo. Creio que é algo que devemos de pensar, mas há muita água pra correr até que chegue a esse ponto, não é mesmo? Tudo vai depender da família da criança e o meio em que ela vive.

O segundo motivo, e não menos importante é que pode prejudicar a amamentação. Todo mundo sabe que pode acontecer a confusão do bico e isso vale para a mamadeira também. Estudos apontam que a sucção e os músculos trabalhados para chupar a chupeta são diferentes de quando o bebê está fazendo a ordenha no peito.

Outros motivos são:

  • Prejudica posteriormente na dentição;
  • Pode atrasar a fala da criança;
  • Você precisa carregar para todo lugar.

Isso vale, a meu ver, para a “naninha” também. Só que em alguns casos, a naninha pode vir a ficar encardido e não poder ser substituído, como: travesseirinhos, bichinhos, cobertozinhos…

Vi várias crianças no pronto socorro infantil com algum tipo de naninha e estavam bem encardidos. Para que a Alice tivesse também seu objeto de consolo, coloco sempre uma fralda limpinha perto dela. Isso é ótimo, pois assim, sempre vai poder ser substituído.

Saiba o porquê de eu introduzir a chupeta

A Alice quase não chorava quando nasceu e dormia bastante, não usei a chupeta no primeiro mês de vida dela (e ainda estava com a bandeira erguida). Ela era bem dorminhoca durante as tardes também e boazinha; porém, ela começou a chupar qualquer dedo que entrava na boca, até mesmo a mão toda, quando podia.

Muitos diziam as famosas frases: “melhor chupeta do que o dedo”, ou “chupeta é mais fácil de largar do que o dedo que está grudado” etc. Então, pensei “é mesmo, melhor chupar chupeta do que o dedo, é mais higiênico”!

Fui à farmácia escolher o modelo mais bonito! Vi várias marcas e comprei a que mais eu gostei (como se fosse para mim). Gastei um valor considerável, cerca de 30 reais, e fui toda feliz colocar na boca da Alice. Quem disse que ela quis? Não quis nem saber; tentei várias vezes e quase desisti (e penso se deveria ter desistido). Então por algumas semanas ela não usou a chupeta que eu tinha comprado.

Me dava um trabalhão colocá-la para dormir sempre. Era musiquinha de útero, dava uns tapinhas no peito dela, conversava ou cantava pra ela. Levava cerca de quase uma hora para pegar no sono. E se ela acordasse depois de meia hora, porque passou um carro na avenida e fez barulho? Mais uma hora para tentar colocar ela para dormir.

Como ela pegou a chupeta

Um belo dia no mercado, decidi trocar o formato da chupeta. Comprei uma por cerca de R$16,00 (não quis gastar dinheiro, caso ela não aceitasse de novo). Voltei para casa, fui correndo fazer o teste e… deu certo! A chupeta era da marca Kuka. Lógico que tinha hora que ela cuspia e não queria usar, não forçava a usá-la. O formato era diferente das tradicionais. Também vende no mesmo formato da Philips Avent Soothie, A Alice também tem desse modelo e dessa marca.

A diferença entre elas é que da Kuka (imagem abaixo) é mais macia e leve, entretanto a Alice ama a da Avent.

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Quais os benefícios que me fez abaixar a bandeira contra?

O mais óbvio é que a chupeta acalma a criança e ajuda ela a pegar no sono muito rapidamente. É ótimo quando o bebê toma vacina e você pode colocar a chupeta para acalmá-lo (isso aconteceu comigo, e a Alice chorou apenas alguns segundinhos). A chupeta é mais higiênica que as mãozinhas – principalmente quando você sai na rua; e é mais fácil de tirar esse costume que o dedo.

Hoje, com a Alice de cinco meses, o que eu penso?

Foi muito bom o uso da chupeta porque me rendeu menos esforço para colocá-la para dormir e para acalmar o choro. Mas apesar de eu ter usado com muita cautela, como por exemplo, colocar a chupeta só na hora de dormir e tirar logo em seguida que ela pegasse no sono; toda vez que ela despertava, ficava em busca do objeto, e eu tinha que estar do lado para ajudá-la. E isso você acaba criando outro problema, que é a questão: Quem vai ficar indo colocar a chupeta toda vez que seu filho sente falta?

Resposta: Você!

Então pense com carinho sobre a possibilidade de introduzir a chupeta. Eu já estou tentando maneiras de reeducá-la enquanto há tempo, pois vi que existe somente duas formas para tirar esse “vício”:

  • Ensinar a criança a pegar a chupeta e colocar de novo na boca
  • Ou tirar a chupeta totalmente

Se existe outra forma, deixe nos comentários e compartilhe suas dicas!

Fica a minha dica, caso escolha usar a chupeta

  • Use com moderação, somente em momentos de choro e sono;
  • Se possível, retire a chupeta quando o bebê adormecer;
  • Não deixe “chupetando” quando a criança já está se divertindo e interagindo com outras coisas;
  • Não prenda a chupeta na roupa, quando ela for capaz de pegar a chupeta sozinha. As vezes ela não está nem lembrando da chupeta, mas por estar presa a roupa, ela acaba usando;
  • Não prenda nada na chupeta. Ela foi feita por estudiosos e passado por testes de peso. Se você prender um pano na chupeta, ela ficara mais pesada e seu bebê irá precisar fazer mais esforço que o normal, podendo afetar o palato;
  • Introduza a chupeta apenas quando você se sentir segura de que o bebê pegou corretamente o peito e se acostumou com ele;
  • Faça sempre uma boa higienização;
  • Tente acostumar seu bebê com vários formatos de bicos. Caso um dia você perca a chupeta, poderá substituir por qualquer outra (desde que ortodôntica).

 

 

 

 

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