Crise no casamento após chegada do bebê?

Este post foi escrito, mas não é para desanimar os futuros papais! Quero alertar sobre algumas mudanças bem comuns que acontecem no casamento após a chegada do bebê!

Sempre achei tão lindo e romantizado fotos de famílias felizes esperando seu bebezinho, e em seguida, a descoberta do sexo do bebê, o chá de bebê, ensaios fotográficos e tudo mais. A gente não para de contar os dias para a gestação terminar e conhecer o novo membro da família! Mas como fica o casamento depois que o bebê chega?

Não estou jogando praga e nem dizendo que isso é uma regra que acontece. Mas vou dizer algumas previsões para não te pegar de surpresa.

Eu fiquei “beeem” surpresa, não achava que meu casamento poderia se esfriar tanto. Mas calma! Procuramos ajuda de profissionais para entender o que estava atrapalhando nosso relacionamento, e não, não é culpa do bebê!

Eu e meu esposo já estamos juntos, contando com namoro, há 13 anos, dentre eles  6 anos de casados. É bem comum a gente ouvir que depois de um certo tempo, o amor iria “esfriar”, mas antes da Alice eu acreditava que jamais iria acontecer isso (ou se acontecesse seria lá mais pra frente); eu me sentia apaixonada 24hs pelo meu esposo (não se preocupe, eu ainda amo ele, e muito), acontece que agora algo mudou, amadureceu a “apaixonite” e ficou o grande amor que sinto por ele.

Fiz uma pesquisa rápida e perguntei para alguns conhecidos e amigos, que tiveram filhos. Se eles após a chegada do bebê passaram por alguma crise no casamento.  O resultado foi: De dez casais, três casais consideraram não ter tido crise.

Alguns relatos

Um dos casais ainda sonha em ter o terceiro filho, mas que me comunicou que não saíram da crise ainda e que piora quando a sogra aparece em casa. Que bom que apesar dos altos e baixos, eles ainda continuam unidos, e mais, querem ter mais um filho.

Outra pessoa disse:- “1000 vezes sim” para a pergunta sobre a crise após a chegada do bebê. Essa minha amiga teve pouca ajuda dos pais já no começo da gravidez e enfrentou um mundo novo sozinha por um bom tempo. Segundo ela, com a chegada do bebê o marido sentiu um pouco de ciúmes (isso parece estranho, mas acontece).

Duas amigas disseram que não tiveram crise no casamento com o primeiro filho, mas teve com o segundo.

Mas afinal, o que aconteceu com o meu casamento?

Como eu já disse no post sobre amamentação, a Alice desde o começo dava a tal “mamada dos sonhos” e para que funcionasse eu precisava estar perto dela antes que ela acordasse para dar o peito. Segundo a Stephanie Sapin com cerca de quatro meses o bebê iria dormir a noite toda. Infelizmente não deu certo com quatro meses, então pensei “talvez com cinco meses!”; fui continuando dormir no quarto da Alice e ai o casamento já tinha desandado.

Chegamos a ir em nossa psicóloga. E lógico, ela nos orientou que eu deveria voltar para o quarto e dormir com meu marido o quanto antes. Pensei “com a introdução alimentar vai melhorar e ai com seis meses eu volto a dormir com meu marido”, infelizmente não houve mudança, e chegou a piorar o sono da Alice.

Tentei voltar a dormir com meu esposo, mas estava com o ouvido tão sensível que não conseguia dormir com o ronco dele e até mesmo um respirar mais alto me incomodava. Dormi alguns dias no sofá e depois acabei voltando a dormir com a Alice.

Por eu me queixar de não estar conseguindo dormir devido aos roncos, meu esposo chegou a ir no otorrinolaringologista e até passar uma noite em uma clínica especializada em sono.

Tivemos alguns desentendimentos, pouco tempo para namorar, para assistir um filme em casa, ou conversar. Nós dois sentíamos sobrecarregados com os serviços, ele no trabalho e eu em casa. Coitado! Ele até tentava ficar mais próximo, mas eu só desmaiava na cama quando podia. O mais estranho foi que passei a não sentir nada com os abraços dele, afinal, minha “linguagem do amor” era toque físico. Me sentia fria com ele.

Vou ter que dar uma volta enorme para me explicar aqui, mas com certeza, o que você vai ler abaixo te ajudara até no seu casamento, recomendo muito o livro.

O que é a “linguagem do amor”?

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O livro do autor Gary Champman “As Cinco Linguagens do Amor” fala sobre formas que nós nos sentimos amados pelo próximo e formas que transmitimos amor. Os cinco são: toque físico, tempo de qualidade, presente, palavras de afirmação e serviço.

Em resumo é bem simples, existem pessoas que se sentem amadas quando são acariciadas, seja pegar na mão, receber um abraço, cafuné na cabeça, estar sempre em contato físico com alguém – esse é o toque físico.

Existem pessoas que gostam de passear junto com o amado, ir no cinema, assistir um filme junto em casa, dar uma volta no parque, comer em um restaurante e elas se sentem amadas assim – tempo de qualidade.

Outras, amam receber presentes. Ficam extremamente contentes quando ganham algo, se apegam a alguns objetos que têm carinho, e se não ganha presente ficam bem chateados – linguagem do amor é presente.

As pessoas que têm a linguagem do amor como “palavras de afirmação” sentem-se amadas quando recebem elogios, ou palavras de incentivo.

Por último, serviço. A pessoa se sente amada quando outra pessoa faz algo por ela como por exemplo, lavar a louça, ajudar a tirar uma compra do carro, fazer uma comida juntos, tirar o lixo, cuidar do bebê etc.

Com certeza você consegue identificar mais de um tipo de linguagem, mas sempre um deles predomina na sua vida.

Outra coisa, você pode ter um tipo de linguagem do amor para receber, mas não necessariamente transmite seu amor do mesmo jeito. Por exemplo, eu gostava muito de receber toque físico, mas eu sempre demonstrei amor para qualquer pessoa com serviço.

E por que eu disse que “gostava muito de receber toque físico”? Sim, e foi isso que o aconteceu, eu tinha uma linguagem do amor que predominava antes da Alice nascer e depois comecei a me sentir amada com serviço. Ou seja, meu esposo que já sabia que eu me sentia amada com toque, queria me abraçar, ficar junto fazendo cafuné, um carinho… e eu? Passei a não sentir nada. Fiquei com medo do amor ter ido embora, mas foi aí que descobri que minha linguagem do amor havia mudado. Hoje, ele tem me ajudado muito com as tarefas domésticas e com os cuidados da Alice, e eu me sinto plenamente amada por ele.

Qual a sua linguagem do amor? Deixe nos comentários.

Minha psicóloga disse, “mas afinal quem veio primeiro, a Alice ou seu esposo?”

Pois é, quem veio primeiro é meu esposo! E ela complementou que um dia nossos filhos irão crescer e nos deixar, e vai sobrar apenas o(a) companheiro(a). Vamos cuidar da saúde do casamento. Procure ajuda! Não deixe as pequenas coisas do dia a dia que te incomodar e virar uma grande bola de neve. Seu bebê precisa muito da harmonia dos pais para crescer feliz. Sim! Trata-se de felicidade, e quem não quer ver seus filhos felizes?

Eu e meu esposo precisamos de tempo só nós dois

Sempre tivemos nossas atividades sociais em que levava a Alice, mas nossos momentos juntos eram bem escassos. A Alice sempre ia para cama tarde também, então não sobrava tempo para ficar eu e meu esposo curtindo um filminho no sofá. Nunca tivemos rotina, mas pelo menos o ritual do sono da Alice era sempre igual: janta, banho e cama.

Então, não é culpa da Alice. É nossa culpa! Sempre escutamos ou almejamos ser “boas mães”, mas quase ninguém diz “quero ser uma boa esposa para meu marido”, se escolhemos nosso marido para casar e casamos, devemos nos esforçar para manter sempre o primeiro amor.

Trazendo o pai para a paternidade

Nada mais bonito que ver um homem ser exemplo de bom pai e bom marido. Nos transmite segurança e orgulho! Infelizmente, muitas mães abraçam tanto a maternidade que não abrem espaço para o pai na participação principalmente dos cuidados. Temos muitas vezes a sensação de que fazemos melhor qualquer tarefa que seja relacionado ao cuidado do bebê, e desconfiamos da capacidade dos nosso maridos.

É importante, nós mães, deixar o pai participar da criação do bebê. Incentive-o mesmo que ele não tenha feito o serviço tão bem quanto você. Jamais critique!

Sempre falaram que rotina na vida de uma criança é tudo

Realmente, não teve jeito, a Alice com 9 meses e meio possui uma rotina só agora. Eu fiquei relutante em ter rotina, principalmente com a hora de ir dormir porque sempre achei que colocar a criança pra dormir 19 horas, 20 horas era muito cedo. Achava que se ela saísse com a gente durante a noite a gente estaria aproveitando nossos momentos sociais. Mas o sono dela sempre foi difícil e agitado.

Há duas semanas que a Alice está numa rotina nova

Não botei muita fé que funcionaria, mas depois de uma semana pude ver uma boa diferença.

De madrugada ainda continuo acordando para ver se ela está bem, sabe como é mãe né? Não tira os olhos do monitor para ver se o bebê está bem. E não importa se seu bebê dorme a noite toda, a gente sempre fica preocupada.

Mas ter o tempinho livre das 20:00 ou 21:00 em diante está sendo algo renovador no nosso casamento. Podemos jantar tranquilos, assistir um filme em casa, ficar no quarto conversando, trabalhar ou namorar.

Outro benefício é eu poder dormir cedo se precisar, e caso a Alice solicite a mamadeira, o Dani pode dar as 23:00 horas.

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