Gravidez acima de 40 anos: dificuldades e benefícios

A gravidez acima dos 40 anos sempre causou espanto nas mulheres. Sempre foi considerada de risco, mas hoje vamos conversar sobre as possibilidades de engravidar após os 40 e quais os cuidados e exames que a mulher dessa faixa etária precisa ter e fazer para conseguir engravidar.

Com a medicina avançada as mulheres podem cada vez mais ter uma gestação saudável e natural, podendo assim realizar o sonho de ter um filho. Veja como:

Engravidar de forma natural sem métodos extras

É possível sim engravidar de forma natural aos 40 anos sem métodos como a inseminação, por exemplo.

A chance de uma mulher de 40 anos engravidar é de 50% dentro de um ano. Essa porcentagem abaixa quando ela chega aos 45, pois ela fica com 1% de chance de engravidar pelos seus próprios óvulos.

Uma mulher nasce com cerca de 2 milhões de óvulos e eles vão se perdendo ao longo da vida. São cerca de mil óvulos perdidos a cada ciclo menstrual, diferente dos homens que produzem espermatozoides ao longo de toda a vida deles.

Vamos conversar sobre as formas e cuidados que as mulheres devem ter para obter uma gravidez de sucesso aos 40 anos.

Os óvulos de uma mulher acima de 40 anos

A produção de uma mulher entre 41 e 44 anos é de 6 a 9 óvulos por ciclo, enquanto uma mulher de 37 a 40 anos produz 8 a 10 no ciclo.

A quantidade de óvulos parece ser pouca, mas o que temos que avaliar também é a qualidade pois com o avanço da idade eles podem desenvolver problemas e isso aumentar o risco de aborto.

Reserva ovariana, o que é?

Hoje existe a avaliação da reserva ovariana, que as mulheres conseguem ver com especialistas da área o estoque de óvulos que a mulher ainda tem. É levado em consideração se está acima, abaixo ou dentro do esperado para a idade.

Algumas mulheres entram na menopausa antes dos 40, cerca de 1%, e outras em maior quantidade, entram aos 45. Os riscos são maiores de não conseguir engravidar acima de 45 anos, justamente por conta dessas porcentagens e a diminuição da ovulação.

Quais exames são necessários para avaliar a possibilidade de gravidez

Hormônio Antimülleriano

Ele tem a função de verificar, através de coleta de sangue, a reserva ovariana da mulher. Mostra também a quantidade de óvulos que ela ainda pode produzir.

Realizar Check-up

Importante fazer todos os exames de rotina. A mulher deverá procurar seu ginecologista e realizar o famoso “check-up geral” para observar as taxas.

Ácido Fólico

A mulher deverá começar a tomar 3 meses antes de começarem as tentativas. O ácido fólico ajuda no desenvolvimento fetal.

LH e FSH

O hormônio luteinizante (LH) e o hormônio folículo estimulante (FSH) são os hormônios que liberam o óvulo e amadurecem.

Esses dois hormônios ajudam no crescimento do folículo que reveste e envolve o óvulo antes da ovulação. O FSH se for produzido em grande quantidade, pode ser responsável por insuficiência hormonal dos ovários ou falência ovariana.

TSH

O hormônio estimulante da tireoide é muito importante para engravidar, ele atua junto com outros hormônios para que o ovário funcione corretamente assim como no amadurecimento dos óvulos.

Quando a tireoide desequilibra com produção excessiva, pode ocorrer distúrbio na ovulação, dificultando assim as chances de engravidar.

Progesterona:

Ele é formado no ovário e depois da ovulação, e prepara o endométrio para receber o embrião e fazer com que ele se implante na parede uterina.

Progesterona alterada dificulta a implantação do embrião.

Prolactina

Hormônio que atua diretamente na concepção e também na amamentação. A Prolactina libera a gonadotrofina (GnRH), que regula a liberação dos hormônios FSH e LH.

O excesso desse hormônio pode causar infertilidade.

Inibina B

Ela produz folículos ovarianos e indica a quantidade de óvulos obtidos. Se for apresentado de forma baixa, por causa da reserva ovariana, pode se ter dificuldade de engravidar.

Esses exames hormonais são importantes para diagnosticar se a mulher possui infertilidade, entender e identificar a causa e assim obter o tratamento necessário.

Gestação aos 40 anos

Após ter feito todos os exames e de fato a gravidez ter sido concebida, é importante ressaltar alguns pontos de como a mulher deve agir por conta dos riscos da fase e também da idade.

Alimentação

Toda mulher grávida precisa estar sempre atenta a sua alimentação, comer alimentos ricos em ferro para fortalecer o sistema imunológico do bebê. Ingerir alimentos ricos em ômega 3 como o peixe, por exemplo. E beber muita água!

A alimentação saudável e controlada é importante pois nesta idade as mulheres são mais propensas a terem problemas como diabete gestacional e pressão alta, sendo assim, correm o risco de um parto prematuro.

Exercício físico

Nesta faixa etária os cuidados devem ser redobrados, porém os exercícios devem ser intensificados e praticados de forma correta, avaliando a postura e tomando alguns cuidados especiais, principalmente se a mulher for sedentária.

Se manter ativa nos exercícios ajuda a fortalecer a musculatura e isso ajuda a lidar com o aumento de peso da gravidez, principalmente no final da gestação que a mulher já está com aquele barrigão.

Estresse e ansiedade

Evitar o estresse e ansiedade é indicado para qualquer mulher e em qualquer idade quando se pensa em engravidar ou quando se está grávida. O estresse não é bom pois ele pode diminuir a capacidade de reprodução e isso serve tanto para mulheres como para os homens.

A ansiedade produz mudanças no ciclo menstrual, logo a mulher terá problemas com sua ovulação, ou seja, afeta diretamente a probabilidade de ter filhos.

A decisão em ter filhos após os 40 anos

A gravidez acima dos 40 anos pode não ser tão fácil, mas ao mesmo tempo ela não é impossível. Muitas mulheres decidem e adiam a maternidade por conta do cotidiano, esperam a vida profissional e financeira se ajustarem, assim como diversos outros fatores.

Outras mulheres tentam por diversas vezes terem filhos, mas nem sempre conseguem com facilidade, para isso, existe a fertilização que funciona para qualquer idade.

Não é um tratamento com custo financeiro baixo, mas na maioria das vezes funciona de forma eficaz.

Todas as mulheres que desejam ter filhos acima de 40 anos precisam ter uma alimentação saudável, evitar estresse e ansiedade, além de realizar exames frequentemente para avaliar as condições de ter um bebê.

Fertilização

Se a mulher fez todos os exames, se preparou, tentou de todas as formas naturais e biológicas para engravidar e não conseguiu, existe a fertilização.

A fertilização in vitro (FIV) é a fecundação do óvulo e do espermatozoide em um laboratório. Após essa fecundação acontecer, a transferência do embrião é feita para o útero da mulher. É um método mais caro, assim como o de congelar os próprios óvulos, e deixá-los saudáveis para uma gravidez. Depois desse processo, é feita a FIV.

Inseminação intrauterina

É a estimulação da ovulação usando medicamentos, após isso acontece a injeção do sêmen que deve ser coletado anteriormente. Essa técnica é feita dentro da tuba uterina, apesar de ser uma opção de fertilização, ela não é indicada para mulheres com mais de 40 anos por conta da eficácia comprovada em estudos.

Sobre o pré-natal

O pré-natal de uma mulher acima de 40 anos necessita de cuidados específicos, assim como em qualquer outra idade.

O risco de doenças como diabete gestacional e pressão alta, aumentam em mulheres com mais de 40 anos, porém se forem tratados e acompanhados tudo ocorre de forma satisfatória.

Importante é que a mamãe tenha paciência e dedicação para a gravidez e suas etapas.

E você está tentando engravidar com mais de 40 anos?